Paulo Pedroso, ex. ministro do Trabalho e da Segurança Social, escolheu a véspera do 1.º de Maio para afirmar que a “rigidez que existe em Portugal ao nível dos despedimentos não é sustentável a médio prazo”. Isto vindo de um homem que era considerado da ala esquerda do PS, dias depois da derrota do CPE em França tem significado.
O mínimo que se pode considerar é que há uma corrida despudorada dentro do PS para ver quem se apresenta com melhores propostas de direita.
As últimas medidas, anunciadas pelo governo, de aumento da idade de reforma, de aumento do valor de desconto ou da antecipação da alteração da fórmula de cálculo das pensões, elevam a disputa e os desafios aos trabalhadores.
Não sei como os trabalhadores irão reagir mas presumo que lenta e fugazmente. Neste país pacífico e pachorrento a cidadania é sinónima de coragem e de luta, por vezes isolada. Mas nada que nos faça temor.
Voltando a Pedroso. O ex. ministro aconselhou os jovens da JS a irem trabalhar nas férias. Pois não está mal, apanhar tomate à mão é a sugestão que eu deixaria aos meninos socialistas. E logo verão, ao fim de uma semana a apanhar tomate, o que acham sobre os direitos dos trabalhadores e os despedimentos.
Victor Franco
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