João Semedo, renovador comunista, médico de profissão e director do Hospital Joaquim Urbano no Porto, suspendeu o cargo e tomou o lugar de deputado do Bloco de Esquerda, em substituição de Teixeira Lopes. Não podia ter começado melhor João Semedo. No dia em que o Bloco interpelou o governo sobre a política de saúde, fez uma importante declaração política.
João Semedo diz que um ano de governação é tempo suficiente para saber os eixos da política desenvolvida por o ministério de Correia de Campos. E a sua principal linha é mandar fechar; o povo pagar mais pelos serviços de saúde; os profissionais aguentarem; e as mudanças de fundo que esperem.
“O governo tropeça num problema e a resposta é invariavelmente a mesma: o encerramento do serviço em causa, trate-se de uma maternidade, de um hospital ou de uma urgência. Se o problema é o hospital, fecha-se. Se é na urgência, fecha-se.
Este ministério é uma comissão liquidatária não é um ministério”.
“...há serviços que não devem nem podem fechar por mais pareceres e relatórios técnicos que apontem nesse sentido. Nem tudo se pode resumir a questões “exclusivamente técnicas”, ou de limitação de custos, “insensíveis ao contexto local, à dimensão social e humana ou ao equilíbrio e solidariedade entre as regiões no acesso aos serviços públicos de saúde”.
Como refere, João Semedo, “se o problema fosse só técnico” não precisávamos do ministro. O ministro faz escolhas técnicas e politicas. E as escolhas políticas não podem afectar milhares de pessoas, retirar-lhe cuidados de saúde essenciais, centros de saúde, maternidades, hospitais, como antes tiraram o posto do correio, a estação de comboios, a escola, o tribunal, deixando as populações entregues a si próprias.
“É o Estado em debandada”. O interior que se desertifique, as zonas menos desenvolvidas que se esvaziem mais, as assimetrias que cresçam, os que lá estão que se safem como puder. Parece ser este o lema.
João Semedo, terminou a sua intervenção dizendo: “Um socialista o Dr. António Arnault, ficou para a história como o pai do SNS. Não queira o Dr. Correia de Campos ficar conhecido como o seu coveiro. Não foi certamente para isso que 2 milhões e 800 mil portugueses votaram no PS nas últimas legislativas.”
Uma leitura indispensável a intervenção de João Semedo, para quem quiser perceber todos os contornos de uma política que fatalmente tenderá a acabar com o SNS, se continuar neste caminho.
João Semedo diz que um ano de governação é tempo suficiente para saber os eixos da política desenvolvida por o ministério de Correia de Campos. E a sua principal linha é mandar fechar; o povo pagar mais pelos serviços de saúde; os profissionais aguentarem; e as mudanças de fundo que esperem.
“O governo tropeça num problema e a resposta é invariavelmente a mesma: o encerramento do serviço em causa, trate-se de uma maternidade, de um hospital ou de uma urgência. Se o problema é o hospital, fecha-se. Se é na urgência, fecha-se.
Este ministério é uma comissão liquidatária não é um ministério”.
“...há serviços que não devem nem podem fechar por mais pareceres e relatórios técnicos que apontem nesse sentido. Nem tudo se pode resumir a questões “exclusivamente técnicas”, ou de limitação de custos, “insensíveis ao contexto local, à dimensão social e humana ou ao equilíbrio e solidariedade entre as regiões no acesso aos serviços públicos de saúde”.
Como refere, João Semedo, “se o problema fosse só técnico” não precisávamos do ministro. O ministro faz escolhas técnicas e politicas. E as escolhas políticas não podem afectar milhares de pessoas, retirar-lhe cuidados de saúde essenciais, centros de saúde, maternidades, hospitais, como antes tiraram o posto do correio, a estação de comboios, a escola, o tribunal, deixando as populações entregues a si próprias.
“É o Estado em debandada”. O interior que se desertifique, as zonas menos desenvolvidas que se esvaziem mais, as assimetrias que cresçam, os que lá estão que se safem como puder. Parece ser este o lema.
João Semedo, terminou a sua intervenção dizendo: “Um socialista o Dr. António Arnault, ficou para a história como o pai do SNS. Não queira o Dr. Correia de Campos ficar conhecido como o seu coveiro. Não foi certamente para isso que 2 milhões e 800 mil portugueses votaram no PS nas últimas legislativas.”
Uma leitura indispensável a intervenção de João Semedo, para quem quiser perceber todos os contornos de uma política que fatalmente tenderá a acabar com o SNS, se continuar neste caminho.
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