No momento em que escrevo ainda não sei o que vai dar a assembleia-geral do Sporting. Mas não interessa. O património do clube deve ou não ser vendido? Como diz Roquete, o Sporting deve-se concentrar no seu “core-business” - palavrão que quer dizer actividade ou negócio fundamental.
Estas estórias que fazem a história dos clubes têm que se lhe digam. Primeiro transformam-se em associações sem fins lucrativos e de utilidade pública para terem acesso a benesses várias. Em nome do interesse público recebem terrenos, subsídios camarários, são “capa” para negócios imobiliários, jogo de influência e caciquismos, disputa de poder até nos partidos e no Estado. Tudo em nome da viabilidade e do desporto.
Depois tornaram-se SADs para separarem o negócio do futebol, entrarem em bolsa e aumentarem o capital. Tudo em nome da viabilidade e do desporto. Depois continuaram a receber subsídios e a construir estádios que raramente enchem (só quando o Benfica joga com o Liverpool) e que ajudam a afogar os clubes e as câmaras municipais. A esses estádios foram retiradas pistas de atletismo ou ciclismo, pavilhões para práticas desportivas (ditas amadoras e ecléticas) e acrescentados centros comerciais, cinemas, restaurantes. Tudo em nome da viabilidade e do desporto. Agora, que continua tudo na falência, quer-se vender tudo. Tudo em nome da viabilidade e do desporto.
Eu confesso-me sportinguista, mas não sócio.
Se vivêssemos no “país das maravilhas” inscrevia-me como sócio – e ia à assembleia-geral apelar à sublevação desportiva das massas (enquanto escrevo rio-me). Por certo seria corrido. Tudo em nome da viabilidade e do desporto. (E continuo a rir).
A vida é difícil. Principalmente a de sportinguista.
Victor Franco
Estas estórias que fazem a história dos clubes têm que se lhe digam. Primeiro transformam-se em associações sem fins lucrativos e de utilidade pública para terem acesso a benesses várias. Em nome do interesse público recebem terrenos, subsídios camarários, são “capa” para negócios imobiliários, jogo de influência e caciquismos, disputa de poder até nos partidos e no Estado. Tudo em nome da viabilidade e do desporto.
Depois tornaram-se SADs para separarem o negócio do futebol, entrarem em bolsa e aumentarem o capital. Tudo em nome da viabilidade e do desporto. Depois continuaram a receber subsídios e a construir estádios que raramente enchem (só quando o Benfica joga com o Liverpool) e que ajudam a afogar os clubes e as câmaras municipais. A esses estádios foram retiradas pistas de atletismo ou ciclismo, pavilhões para práticas desportivas (ditas amadoras e ecléticas) e acrescentados centros comerciais, cinemas, restaurantes. Tudo em nome da viabilidade e do desporto. Agora, que continua tudo na falência, quer-se vender tudo. Tudo em nome da viabilidade e do desporto.
Eu confesso-me sportinguista, mas não sócio.
Se vivêssemos no “país das maravilhas” inscrevia-me como sócio – e ia à assembleia-geral apelar à sublevação desportiva das massas (enquanto escrevo rio-me). Por certo seria corrido. Tudo em nome da viabilidade e do desporto. (E continuo a rir).
A vida é difícil. Principalmente a de sportinguista.
Victor Franco
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