Os lucros astronómicos da EDP, 1071 milhões de euros, foram ontem divulgados. A astronómica soma beneficiou da venda da posição accionista da Galp – mas, mesmo sem essa venda a soma continuaria astronómica.
O espanto vem para as declarações do Presidente da Entidade Reguladora dizendo que se não houvesse um limite legal ao aumento dos preços da energia, este “teria sido de 14,6% o que terá gerado um défice tarifário de 400 milhões de euros”.
O espanto vem para as declarações do Presidente da Entidade Reguladora dizendo que se não houvesse um limite legal ao aumento dos preços da energia, este “teria sido de 14,6% o que terá gerado um défice tarifário de 400 milhões de euros”.
O Presidente da Entidade Reguladora diz que já está a ser feita legislação para, alterando a actual, repor esse défice. O dito Presidente reconhece que “ninguém gosta de ter aumentos de 14,6%”.
Entretanto, avança o processo de privatização da energia, com nova fase da privatização do capital da EDP ainda detido pelo Estado e com venda de parte da REN. Percebe-se o filme.
É esta a “ironia” do capital – é insaciável. O capital sempre quer mais, sempre procura acumular-se, sempre está em défice. Apesar de um lucro astronómico está em défice.
Por isso a energia deve ser nacionalizada. Porque é um bem estratégico de primeira necessidade, porque os seus lucros podem reverter para o bem público diminuindo as emissões poluidoras, melhorando a produção em energias alternativas, diminuindo os preços e valorizando quem no sector trabalha. Aí a prioridade será o ambiente e o social.
Victor Franco
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