quinta-feira, julho 13

Uma noite de tertúlia

Foi ontem a apresentação do livro, Baladas de Orvalho, de Álvaro de Oliveira. A tenda das tertúlias estava cheia. Para ouvir poesia, para conhecer o autor e o livro, para ouvir a música clássica, instrumental do Quarteto de Cordas.

Foi a melhor noite de todas, até ao momento, disseram os habituais frequentadores. Os presentes, todos os presentes, sublinhavam com palmas, cada poema que era recitado, cada música que era tocada. Havia uma unanimidade na sala. Não só pela riqueza da obra, o curriculum do Álvaro de Oliveira e pela qualidade do seu último livro.

Na tertúlia, não faltaram as perguntas, o sublinhar de um verso, a paixão por um poema.

Estavam lá outros escritores, homens das letras, a vereadora da cultura, o director do museu, o presidente do centro cultural do alto-minho e tantas pessoas anónimas. Muitos foram os que se atraveram, à margem da programação, a lerem alguns dos poemas que os entusiasmaram. Foi surpreendente, ver o escritor, Carvalhido da Ponte, o Dr. Abreu, a Drª Flora, a lerem poesia, ver o Prof. Canedo a pedir para ser o autor a ler um poema que ele muito admirou.

O Álvaro é uma pessoa recatada e por isso não muito conhecida aqui em Viana do Castelo.

Foi surpreendente o espanto de toda aquela gente pela excelência da sua poesia.

A admiração sentida quando liam e reliam os seus poemas
Compararam-nos aos nossos grandes escritores.
Disseram que o Álvaro é inimitável e não imita e tem uma escrita própria e singular.
Foi um momento inesquecivel.

Os recitadores, foram (são) excelentes.
A Mª José Braga, mais doce na leitura deambulando pela sala, sentindo o que estava a dizer, com muito à vontade e grande qualidade na declamação.
O Arriscado foi sublime, o contraste, com a sua voz poderosíssima, estrondante, sentindo e dando um vigor à poesia excepcional.

Os músicos, jovens músicos, com os seus violinos e violoncelo, encantaram todos.
A festa também valeria, só por eles.
Quatro instrumentistas jovens, deram um brilho extra àquele momento.

Ficavamos ali a noite toda: a ouvir os músicos a ouvir a poesia.

O Álvaro apenas trouxe cerca de 30 livros. Não chegaram. Entre algumas ofertas e as vendas, muitos ficaram por vender por esgotamento do stock.

Foi uma noite para recordar, para todos os que assistiram. Fossem todas as noites assim.

A minha apresentação, foi a possível, não me poderiam exigir mais. Apesar dos aplausos simpáticos da assistência. Fica aqui para quem a quiser ler.

Mais uma nova experiência a reter na minha memória.

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