domingo, julho 30

O massacre em QANA

Vou no carro, ligo o rádio para ouvir o noticiário das 11horas da manhã. A notícia de abertura é o massacre que o exército de Israel provou no Líbano matando pelo menos 51 civis, entre eles 22 crianças.

O relato do repórter da rádio fez-me arrepios de frio apesar do intenso calor. Ele falava das mães que morreram procurando proteger suas crianças…


Depois de ontem um novo ataque israelita ter chegado às portas da Síria, depois de ter ferido mais soldados da ONU e de outros assassinatos de civis, fica cada vez mais claro que o fundamentalista e fanático governo israelita procura a guerra total. A barbárie completa do “lado israelita” visa atrair a barbárie e o fanatismo do outro lado. Guerra total, barbárie total é o objectivo total; é o objectivo de provocar o alastramento da guerra a outros países. É o objectivo de provocar e incendiar milhões de muçulmanos por esse mundo fora para que estes descarregam sua ira em novos atentados suicidas e terroristas. Como aquele velho que dizia que quando saisse do hospital se tornaria terrorista e se faria explodir em Israel.


Esta escalada de barbárie e de guerra está, no entanto, a ter duas consequências positivas: Ainda que timidamente a Europa, a ONU e alguns países importantes assumem a sua discórdia e exigem um cessar-fogo "mais imediato”. Por outro lado, a opinião pública mundial toma uma consciência mais próxima da verdade do conflito e resiste mais à gigantesca e global operação de manipulação mediática que está ao serviço do império e de um seu braço armado, Israel.


Victor Franco


Sem comentários: