sábado, julho 1

Bico caladinho ou levas no focinho

Se há uma coisa que me irrita, são os donos do poder, mesmo do pequeno poder, desde o presidente de uma pequena associação, a uma chefia intermédia de uma empresa, ou uma qualquer figura que detém uma mingua de poder, de falarem e agirem como se fossem os donos.

Falam sempre na primeira pessoa do singular. Eles são os que fizeram, decidiram, concederam. Nunca é a equipa. Nunca foram outras pessoas. Ou com a colaboração de outras. Foram e são eles. Não usam o "nós".

-“Eu quero. Eu fiz. Eu decidi. Eu vou apoiar”.

O presidente da Câmara do Porto Rui Rio é um caso-tipo de alguém que se julga o dono. Nem mais. Agora para que os promotores de iniciativas, obtenham apoios financeiros, estão impedidos a publicamente, expressar críticas que ponham em causa o bom-nome e a imagem do município do Porto, enquanto entidade co-financiadora da actividade da sua representada” através da assinatura coagida de um protocolo.

É o ridículo dos pequenos ditadores. Como se o dinheiro fosse deles.

O apoio deve ter em conta o valor, o interesse, a importância da iniciativa, no contexto geral e mais nada.

Obrigar a “calar” criticas a Câmara é uma violência. É um insulto. É inadmissível em democracia.

Esta gente não “percebe” que o dinheiro não é deles. O dinheiro é dos contribuintes. De todos. Dos que apoiam ou dos que discordam da gestão da Câmara.

Querem calar as críticas comprando os apoios financeiros. São uns fracos.

Esta gente do “eu” não são pessoas confiáveis.

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