Segundo a imprensa internacional "a Comissão Europeia divulgou planos para montar equipas de reacção rápida para policiar as fronteiras europeias, enquanto Espanha e Malta discutem quem deve lidar com a nova onda de imigrantes ilegais".
"As equipas poderiam ser convocadas por um país-membro da União Europeia, que precise de assistência temporária para identificação de pessoas, análise de risco, ajuda médica e intérpretes". Claro que a seguir serão recambiados para o seu país de origem!
O Comissário Frattini tem em vista "uma equipa permanente de 250 a 300 agentes especialmente treinados, que poderiam ser mobilizados de seus países de origem, dentro de um prazo de dez dias úteis a partir da solicitação de ajuda". Pois... permanentemente.
Diz Frattini: "Precisamos de uma luta mais eficiente contra a imigração ilegal, fundamental para a credibilidade e coerência das nossas leis de asilo e imigração"... "sendo duro na imigração ilegal, evitamos que imigrantes sejam explorados e removemos o factor-chave na origem deste problema".
Ora a actual e dramática situação, em que todos os meses os imigrantes chegam a morrer às centenas no Mediterrâneo, mostra precisamente que por muito dura que seja na actividade policial os imigrantes continuarão a procurar o "sonho europeu". Como eles dizem "não temos nada a perder"!
Uma política séria sobre imigração implica criar e ajudar o desenvolvimento nos países de origem da imigração, políticas de criação de emprego, de implantação de serviços públicos de saúde, de educação, de desenvolvimento agrícola...
Para isso era preciso perdoar a dívida externa, diminuir a rapina das matérias primas, favorecer a democracia e não o caciquismo armado lacaio de uma qualquer potência ou multinacional...
Isso, sim, dava vontade às pessoas de ficarem na sua própria terra. De outro modo a mortandade e o tráfico de seres humanos continuará. Eis o que o capitalismo tem para nos oferecer.
Victor Franco
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