sexta-feira, julho 28

Os novos tempos das reformas ... de alguns.

Aqui há uns anos os aposentados, esperavam o fim dos seus dias, nos bancos dos jardins, sós ou acompanhados por outros, na mesma situação, ou a passear os netos ou numa tasca qualquer a "afogar" as mágoas.

Como mudam os tempos!

Eu, hoje, aposentado, não tenho tempo sequer para me dedicar a um dos meus desportos favoritos a pesca do Robalo, na costa do mar. E em casa já se queixam da falta do meu peixe.
Tanta coisa para fazer e sem saber para onde me virar.

Também, ainda não tenho netos e só agora vou fazer 51 anos.

Podem chamar a isto qualidade de vida? Sim! Não?! Talvez...

(não fosse ter de pagar todos os meses até aos 75 anos (não chego lá) o empréstimo altíssimo ao banco da casa, e os governos não tivesse diminuído o valor das reformas e já agora os meus filhos estivesssem completamente arrumados)

Certo é que melhor que a vida de muitos e muitos outros.
Não está fácil a vida. Mas é fundamental que a vida não nos derrote.

Para eu estar reformado alguém tem de trabalhar, apesar de ter descontado os 36 anos da lei. Porque o sistema é intergeracional. Os actuais reformados, pagaram a reforma dos outros e agora espera-se que os trabalhadores do activo, paguem as reformas dos actuais reformados.

Já agora estou reformado cedo, porque a isso fui "obrigado". Não tinha outra saída. Ou era agora ou não sei quando seria. Não tinha outra possibilidade intermédia. Depois de ter descontado os 36 anos, e das alterações da lei de aposentações, nos "empurrar" para a aposentação aos 65 anos de idade.

Mas deixem-me dizer-lhes que os 55 anos, em minha opinião, eram a altura certa para a reforma. O problema da sustentabilidade da Segurança Social é outra história que para aqui não é chamada.


Sem comentários: