No ano de 2005, 16 deputados (do PS, PSD, CDS, PCP, Verdes) requereram o Subsídio Vitalício. Andam muito necessitados, coitadinhos. Está aqui a lista.
Depois destes virão outros, também pedir o mesmo subsidiozito, quando deixarem de ser deputados. Esta gente é especial, como sabem. São os nossos portugueses de primeira água. Os melhores de entre nós. São enormes os serviços prestados à pátria. Merecem, sem margem para dúvidas.
O bastar ter apenas 12 anos de serviço, para receber uma pensão para toda a vida, cujos valores variam, entre um mínimo de 1127 euros e um máximo de 2819 euros, vem apenas provar como são “especiais de corrida”.
Os outros, os trabalhadores de terceira categoria (não há mais baixo, pois não?) que aguentem.
Os 65 anos estão já aí ao virar da esquina. Depois é só esperar mais uns anitos, aí no banco do jardim e tudo acaba. Para todos. Não há que desesperar. Depois vem o reino do céu.
Os privilegiados dos trabalhadores, da função pública, esses como ganham muito, viram a sua reforma diminuída. Agora cabe agora a vez aos trabalhadores da Segurança Social. Está certo! Certíssimo. Não concordavam eles também que os outros eram uns privilegiados? Para sacana, sacana e meio. Os próximos reformados, segundo alguns cálculos, irão receber, ainda menos, cerca de 60 por cento do último vencimento.
Alguns com mais de quarenta anos de desconto, pouco mais recebem que um salário mínimo. Toda uma vida de trabalho e dificuldades e agora tomem lá uns euritos, para os medicamentos que com essa idade, já deveis estar a precisar. Não Vos chega? Antes na farmácia que a morte.
O Governo quis mostrar que é forte. E os trabalhadores tudo têm feito para mostrar que são fracos. Mas o Governo é esperto e conhece bem o nosso povo. Vai daí disse que o esforço era para ser partilhado por todos e também alterou alguns privilégios da classe política. Claro, tinham que fazer alguma coisa, a marosca estava a ser descoberta. Afinal essa gentinha tinha privilégios escandalosos. Reformas ao fim de seis ou doze anos, duplos vencimentos, triplos empregos, subsídios de integração, duplas e triplas reformas, subsídios vitalícios e sei lá mais o quê!... E o que vem atrás.
Mesmo assim, ao contrário do que aconteceu com os outros sectores, que de um dia para o outro, viram as suas reformas diminuídas, e outros direitos retirados, para alguns deles, foram mantidos os privilégios, se naquela ocasião tivesse, 12 anos de serviço.
Isto é para uns, no dia seguinte, levaram menos 10 por cento no mínimo. Outros ainda menos, com a alteração da fórmula de calculo. Não foram respeitados, períodos de transição. Foi logo no dia seguinte.
Para eles, os que tinham doze anos (porquê doze anos?) foi-lhes garantido o Subsidio (como gosto desta palavra) Vitalício. O tal período de transição que lhes garantiu direitos. Os que vierem a seguir esses é que já não entraram nessas contas. Os dinossauros ganharam em todo o país. Foi o prémio da dedicação.
O Governo “Socialista”, para uma medida, tomou dois pesos.
Tudo isto é muito triste. O que gostava mesmo, era de os ver a abdicar do subsidiozito. Ganhavam o meu respeito. Assim não. Também não esperava, outra coisa. e se for preciso, ainda estou disposto a fazer uma caridadezinha se o dinheiro não lhes chegar para governar a vida.
Como qualquer outro, esses senhores fazem descontos e no fim da vida activa, vão ter direito à sua reforma, não é assim? A que vão juntar mais uma e mais outra e alguns, ainda mais outra reforma, também é assim, não é? Só o nosso presidente já recebeu três.
Mas eles só descontaram uma vez por mês, para a reforma. Não descontaram duas ou três vezes.
Porquê, tantas reformas, então?
É assim o nosso Portugal... muito igual.
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