quarta-feira, fevereiro 15

Conversa da treta

O ministro do Trabalho e da Segurança Social considera "inaceitável a saída precoce do mercado de trabalho com direito a pensão", quando muitas vezes se continua a verificar que "esses trabalhadores continuam a trabalhar até na mesma empresa da qual a pessoa se reformou". O ministro descobriu a polvora. Todos sabem disso. E isso acontece dentro do próprio Estado e mesmo onde detém uma posição dominante. Mas cabe perguntar: não tem sido o poder político a empurrar para a saída essas pessoas com decretos-leis específicos como aconteceu na PT, nos CTT, na EDP e nos Bancos que permitiu a reforma antecipada (aos 50 anos de idade, desde que tivessem 30 anos de carreira contributiva, nos casos que conheço), afim de permitir às ditas empresas, depois de privatizadas, (exclusivamente para beneficiar os accionistas desssas empresas) fazer a restruturação e adequação dos seus activos humanos às novas condições de concorrência? E quem suporta(ou) os custos dessas saídas precoces?

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