Eu neste momento, agora mesmo, só queria escrever bem. Queria saber usar com perícia as palavras, construir bem as frases, ter um vocabulário abastado, empregar os termos certos e mais apropriados. Dizer muito em meia dúzia de palavras para que fosse tudo lido até ao fim. Ter a arte e o talento dos grandes escritores, a sapiência dos experimentados, a inteligência dos raros, a competência dos diligentes. Mas não tenho, nada disso!
É que eu queria dizer que estou farto, cansado, abespinhado, com vontade de mandar todos para o raio que os parta e desistir! Queria dizer que me irritam os chico-espertos, os analistas, pagos e parciais, os senhores importantes e engravatados, os que estão de fora ou atrás a dizer mal e a criticar asperamente. Os que nunca estão satisfeitos com nada. Os pobres de espírito. Os lambe-botas. Os oportunistas. Os que atiram a pedra e se escondem. Os que procuram a glória de um minuto.
Eu queria dizer que estou farto dos portugueses, do país, do nosso atraso, da nossa complacência, da nossa resignação, das nossas elites estapafúrdias, dos empresários com o rei na barriga, dos nossos intelectuais de nariz empinado, dos trabalhadores manhosos, dos sindicalistas acomodados, dos políticos rafeiros.
Estou farto e cansado, sim! Farto desta merda! Farto da mesquinhez! Percebem isto? Andam aqui uns, com boas intenções para quê? Para serem maltratados, censurados, depreciados, metidos no mesmo saco? Não há diferenças, é? É tudo a mesma cambada? É tudo uma data de comedores? Não há pessoas bem intencionadas, por acaso? Não há quem esteja na frente, a dar a cara o corpo e o manifesto porque sim? Porque querem mudar! Porque querem mais justiça e igualdade! Porque são melhores que nós! Eu acredito, eu conheço, eu tenho respeito! Porque não muda o raio do país? Porque há cada vez mais miséria, mais desemprego, mais ricos, mais pobres? Porque nos governam sempre os mesmos? Porque nos acostamos à inevitabilidade que nos vendem? Porque não arriscamos mais? O que nos puxa para trás? Porque não atiramos a pedra ao charco para mudar a sério esta porcaria? De que temos medo?
E como posso eu dizer isto sem ser mal interpretado? E sem ser feito um aproveitamento oportunista?
Que se lixe! Hoje não quero dizer mais nada. Eu estou bem. Deixem-me só!
É que eu queria dizer que estou farto, cansado, abespinhado, com vontade de mandar todos para o raio que os parta e desistir! Queria dizer que me irritam os chico-espertos, os analistas, pagos e parciais, os senhores importantes e engravatados, os que estão de fora ou atrás a dizer mal e a criticar asperamente. Os que nunca estão satisfeitos com nada. Os pobres de espírito. Os lambe-botas. Os oportunistas. Os que atiram a pedra e se escondem. Os que procuram a glória de um minuto.
Eu queria dizer que estou farto dos portugueses, do país, do nosso atraso, da nossa complacência, da nossa resignação, das nossas elites estapafúrdias, dos empresários com o rei na barriga, dos nossos intelectuais de nariz empinado, dos trabalhadores manhosos, dos sindicalistas acomodados, dos políticos rafeiros.
Estou farto e cansado, sim! Farto desta merda! Farto da mesquinhez! Percebem isto? Andam aqui uns, com boas intenções para quê? Para serem maltratados, censurados, depreciados, metidos no mesmo saco? Não há diferenças, é? É tudo a mesma cambada? É tudo uma data de comedores? Não há pessoas bem intencionadas, por acaso? Não há quem esteja na frente, a dar a cara o corpo e o manifesto porque sim? Porque querem mudar! Porque querem mais justiça e igualdade! Porque são melhores que nós! Eu acredito, eu conheço, eu tenho respeito! Porque não muda o raio do país? Porque há cada vez mais miséria, mais desemprego, mais ricos, mais pobres? Porque nos governam sempre os mesmos? Porque nos acostamos à inevitabilidade que nos vendem? Porque não arriscamos mais? O que nos puxa para trás? Porque não atiramos a pedra ao charco para mudar a sério esta porcaria? De que temos medo?
E como posso eu dizer isto sem ser mal interpretado? E sem ser feito um aproveitamento oportunista?
Que se lixe! Hoje não quero dizer mais nada. Eu estou bem. Deixem-me só!
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