sábado, junho 3

Talvez me demore

talvez me demore as aves adormeceram as noites passam
arrastando sonhos e ilusões dobro-me agora à tua ausência
e confesso-me ainda mais vazio nada tenho para dar-te
senão manadas de silêncio frio que as montanhas produzem
quando acordo aqui sorvo apenas demoras e acasos
no desfiar de paixões inacabadas até que as aves regressem
do seu sono
Álvaro de Oliveira
Baladas de Orvalho
(Passos de Anisa - 30)


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