Irrita-me ver a bandeira nacional e ouvir o hino nacional. Já não tenho pachorra!
Não gosto dos símbolos nacionais. Não gosto sequer da palavra pátria. Toda esta campanha em volta dos nossos símbolos, em particular da bandeira nacional, deixa-me os cabelos em pé.
Gosto de Portugal, gosto da minha terra, não gosto deste patrioteirismo que o Sargento Scolari impulsionou e que por aí, circula, até à exaustão, à pala da selecção de futebol. A bandeira aparece agora e costuma aparecer, quando os nossos neonazis decidem vir para a rua, protestar contra os “estrangeiros”. Que associação acabei de fazer…
Só uma vez usei a bandeira nacional. Foi para a pôr na varanda com uma pano preto ao redor. Estava triste com o país. Acredito que lhe vou dar outra vez uso.
A minha pátria não tem uma nacionalidade.
A minha pátria é o mundo dos que sofrem, dos que vivem mal, dos que são desconsiderados, dos pobres. A minha pátria é onde tenho raízes. É onde estão os meus amigos. Os meus familiares. É onde tenho uma marca.
Gostava de ver o povo português mobilizar-se por outras “bandeiras”.
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