Mais logo, tem lugar a Assembleia Municipal e destaco dois pontos da ordem de trabalhos que mais polémica podem suscitar.
O primeiro ponto é sobre o Imposto Municipal sobre Imobiliário (IMI). A Câmara propõem a manutenção do imposto no limite máximo de 0,8 por cento, para os imóveis inscritos até Novembro de 2003 e de 0,5 para os inscritos a partir daquela data. Não há meias medidas com esta Câmara. O que é preciso é receitas! Não lhes interessa se sobrecarrega mais os contribuintes.
Como ainda não conhecemos o orçamento e o plano para 2006, também não sabemos se é possível descer este valor sem colocar em causa a execução de certos projectos de investimento.
A fixação deste valor é pois uma mera operação contabilista de arrecadação de receitas.
Esperava-se que esta oportunidade fosse aproveitada para definir uma politica de habitação e de urbanismo e de incentivo ao arrendamento. Não vão por aí. Em vez de actuar com impostos diferenciados em freguesias rurais (e entre elas se necessário) e urbanas, como forma de fixação das pessoas nas suas aldeias, combatendo a desertificação e "compensando" as desigualdades de infra-estrutura e equipamentos que só existem nas freguesias urbanas, prefere fazer a aplicação cega de impostos, tratando por igual o que é diferente.
Esta forma de actuação, tão ao jeito do que fez o Governo de Sócrates, com o aumento do IVA que penaliza da mesma forma o rico e o pobre, o que pode e o que não pode, tem aqui um belo seguidor. A Câmara podia dar aqui o sinal do que deve ser uma gestão urbanística do território. Mas ou não sabe ou não quer ou sabe mas não lhe interessa, ter uma verdadeira politica autárquica para a construção, conservação ou recuperação de habitação ou de arrendamento.
As Câmaras Municipais tem reivindicado para si a faculdade de fixar determinados impostos, mas tem de provar que sabem utilizar bem esses instrumentos para criar justiça e bem-estar dos munícipes. Ora, limitar-se a aplicar os valores máximos permitidos pela lei sem ter em conta as assimetrias e as desigualdades conforme a lei prevê é ir pelo lado fácil sem ater a politicas integradoras e solidárias.
Apesar disso a nossa posição nesta Assembleia vai ser a de aceitar a manutenção da taxa em 0,8 por cento com sentido da responsabilidade, por causa do impacto financeiro que uma baixa de valores, poderia causar e eventualmente comprometer projectos de investimento em curso ou planeados que não conhecemos, ainda.
Mas como não concordamos com a aplicação de um valor igual para todas as freguesias, iremos propor uma minoração em 20 por cento nas freguesias rurais, como forma de discriminação positiva, para colmatar o atraso e as assimetrias e ajudar as pessoas a construir e fixar-se nas suas freguesias. Esta medida tem ainda mais justificação quando os imóveis das freguesias do perímetro urbano estão a ser valorizados por força dos planos de requalificação urbana.
No mesmo sentido iremos apresentar uma proposta de incentivo ao mercado de arrendamento, reduzindo em 20 por cento o imposto a todos os proprietários que lancem prédios ou fracções para arrendar. Por outro lado iremos subscrever uma majoração aos prédios devolutos e degradados, deixados ao abandono, conforme uma listagem da Câmara Municipal.
Temos a convicção que estas propostas não vão baixar as receitas porque a minoração não atinge o coração dos impostos que são as freguesias urbanas e porque há receitas provenientes deste imposto de 2004 e 2005 cujos valores patrimónios actualizados com a reforma fiscal, só terá os seus efeitos reflectidos em 2006.
E acima de tudo estamos a fazer justiça às freguesias mais isoladas.
Amanhã falarei sobre a delegação de competências nas Juntas de Freguesia que não é tão pacífico como se pode pensar. Vamos aguardar.
2 comentários:
ola Fernando ! tou a ver que esta a ser dificil ..nunca é facil fazer mudar as coisas..mas vais conseguir pouco a pouco..
aqui essa taxa imobiliaria é conforme o sitio onde se vive e tb sobre os ordenados e os filhos a carga..por isso aqui em França, quem nao trabalha e têm muitos filhos ta melhor que os outros nisso..aqui existe 2 taxas , uma é essa que tava a falar e outra é para quem é proprietario..uma pequena ideia ..na taxa imobiliaria paguei 750 euros e a outra de ser proprietaria 850 euros..
um beijinho
Helena
Oi....
Realmente não gosto de politica, na minha opiniao, todos teem segundas intenções.
Apesar de ser uma opiniao pouco madura, é uma forte opiniao, e quem sabe até nao é a verdade.
Mas não percebo nada de politica, taxas, etc...
Mas organizaste o texto mto bem.
Realmente este blogger tamem é bakano, mas continuo a preferir o msn spaces, te~m mais vantagens(na minha opiniao).
gostei d ká vir.
beijos becas
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