sexta-feira, agosto 11

Verdade ou mentira?

Quem é capaz de nos garantir que havia um plano terrorista, para fazer explodir aviões, ou se isto não passa de uma manobra de contra informação para desviar as atenções, do insucesso no ataque ao terrorismo, justificar o ataque ao Iraque, a perda de popularidades dos lideres, o apoio a Israel, a continuação dos conflitos no Médio Oriente?

A história dos conflitos, dá-nos inúmeros exemplos destas manobras. No caso da América a imprensa, não há muito tempo, deu conta de posições, na administração “para se fazer qualquer coisa” que justifique uma onda de medo de actos terroristas. Convém manter esta onda de temor, para justificar, a defesa das medidas adoptadas ou outras que venham a ser tomadas.

Sabendo isto, é sensato questionar se quando se fala de terrorismo ou de atentados, especialmente, se as “fontes” são os Estados Unidos ou o Reino Unido, se está a falar verdade. Nós não sabemos nada. Apenas sabemos o que as autoridades dizem. Este questionamento pode não levar a nada, aparentemente. Mas deixa-nos alertados para não embarcarmos em aventuras, ou abalizar determinadas políticas.

O perigo existe, as organizações terroristas, não foram desactivadas, apesar das guerras desencadeadas, do desperdício de milhares de mortes de inocentes. A guerra não trouxe a paz, a derrota do terrorismo, a insegurança é agora maior.

O que isto vem mostrar, primeiramente, é que a invasão e a morte de milhares de pessoas na guerra do Iraque não tinha nada a ver com a guerra ao terrorismo. Foi uma mentira inventada, para os Estados Unidos e aliados, exercerem o domínio de uma importante zona geoestratégica e de controlo dos interesses petrolíferos, numa estúpida intervenção, aplaudida, pelos vendilhões da dignidade humana e traficantes das memórias colectivas, que matou milhares de pessoas.

Lembro-me disto e ocorre-me, dizer, como são estúpidos, os nossos entusiastas defensores de tudo o que cheire a americanisse, os “distintos” neoliberais mais conhecidos do nosso burgo.

Estamos perante uma mentira, numa campanha de contra informação e de medo, ou o perigo está aí na esquina mais próxima, a provar que estes conflitos, não se resolvem com as bombas, mas sim com a diplomacia e com a resolução dos problemas candentes na Palestina?

A solução está na paz.
Na exigência do abandono da política imperial dos Estados Unidos, em primeiro lugar.
Está em entregar a Palestina aos palestinianos.
Na retirada de Israel dos territórios ocupados.
Em exigir o cessar-fogo e retomar as negociações.
Em respeitar as determinações alcançadas no âmbito da ONU.
A solução está em encarar de frente os problemas do Médio Oriente.

Este contínuo atirar de labaredas para a fogueira, interessa aos dirigentes dos Estados Unidos e interessa aos terroristas. Mas não interessa aos povos de todo o mundo.

Não sou dos que defendo a aposta no reforço militar na Europa, para competir com os Estados Unidos. Não acredito que a uma força militar europeia, vá demover a Nato de intervir quando quiser. É entrar por um caminho perigoso e sem volta.

O investimento no desarmamento deve ser a linha directora de todos os movimentos de opinião e defensores da paz em todo o mundo. Os países estão a ser tomados pelo medo. O campo está aberto para o reforço de medidas mais securitárias.

Quando milhões de crianças morrem à fome em todo o mundo defender o reforço militar é uma medida contra-natura. Deixem-me ser "romântico" e utópico pf, e acreditar na capacidade dos povos, de criar “correntes fortes” de oposição a estas guerras sem nexo algum.


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