Os Americanos estão em todas guerras.
Não há uma em que directamente ou por interposição, não tenha lá as patas. Para defender a democracia, dizem. Só alguém demente é que pensará assim. Os Estados Unidos defendem apenas os seus interesses estratégicos mais nada, como grande potência imperial que são e querem continuar a ser. Não são palavras. São os factos que o demonstram.
Outras potências seguem-lhe os passos.
A Europa quer também construir o seu próprio império. Há vozes a defender o reforço no armamento e num exército europeu, como ponto de equilíbrio. Não me convencem. Só apostando na paz se vai lá. Com a mobilização dos povos contra as guerras, contra os terrorismos, pela negociação.
Nessas guerras morrem milhares de pessoas inocentes.
Hoje é com normalidade que se assiste a estas mortes, entram-nos a toda a hora, através das televisões, jornais ou rádios, pela cara adentro. As detonações das bombas que destroem tudo, matam e estropiam pessoas, são o pão-nosso de cada dia.
O mundo anda indiferente ou cheio de medo.
Uma frase de uma senhora lida nas cartas ao director do jornal o Publico, um dia destes, chamou-me a atenção e fixei-me nela. Jamais sairá da minha cabeça.
Dizia ela: Nestes tempos e nesta idade, será que não tenho o direito a gerir os meus afectos?
Será que temos, mesmo?
Confesso que este sentimento passa-me muitas vezes pela cabeça.
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