O meu relógio trabalha como os outros, mas só tem uma hora -a hora que há-de vir!...
sexta-feira, agosto 4
Fidel Castro e Cuba
Já estive em Cuba e gostaria muito de lá voltar. Apoio a luta contra o cerco americano e o esforço do povo pelo desenvolvimento e independência do país.
A doença de Fidel Castro fez sair do covil muitos dos lobos esfaimados que estão ao serviço do capitalismo e do imperialismo americano. Repetem-se os jogos de bastidores, as páginas inteiras de jornais com contra-informação, a manipulação e a especulação jornalística, o ataque aos ideais do socialismo.
Sendo marxista e estando solidário com Cuba, estou um pouco mais à vontade para abordar o assunto. Tentando-o sem dogmatismo.
O país é bonito, o povo é simpático e o clima é como eu gosto. No tempo que lá estive vivi o mais possível. Falei muito com os cubanos e eles comigo. Estive lá cerca de dez dias e dentro dos condicionalismos normais de um pacote turístico não tive restrições de circulação. A única restrição foi mesmo quando quis entrar numa discoteca só para jovens. Aqui o "velhote" ficou de fora.
Mas tenho alguns episódios, muito interessantes, que marcam bem o que é o tipo de regime. Não os vou contar, precisaria de 30 páginas.
Apenas quero iniciar algumas reflexões que, independentemente mas principalmente pelo meu posicionamento de esquerda, merecem ser feitas com serenidade. Reflexões que podem partir de perguntas, sem pressas de tirar conclusões.
1. Pode haver socialismo sem direito de greve dos trabalhadores? Pode haver socialismo com pena de morte? Pode haver socialismo sem direitos humanos?
2. Pode haver socialismo sem processos eleitorais em que o povo escolhe os seus caminhos políticos, usando o contraditório e a pluralidade?
3. Pode haver socialismo fundindo o partido com o Estado, e os dois com o exército?
4. Porque será que em muitos dos países ditos socialistas os dirigentes se perpetuaram no poder, como Fidel em Cuba?
Para iniciar um debate aberto e não sectário!
Victor Franco
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