Aqui estou de novo, agora melhor instalado e com o portátil a dar-me cabo do juízo. De vez em quando dá-lhe para não escrever. Estão a imaginar, não? Está aqui um gajo, porreiro, a primeira linha que já devia estar escrita e quando olhamos para o ecrã, não aparece nada. Então, repito, uma vez, duas vezes, olho e novamente nada, uma vez ou outra, lá aparece uma letra, torno a insistir, mais uma palavra, olho e a mesma merda. Já estou irritado! Estou farto de lhe chamar os piores nomes, aqueles nomes que devem imaginar e outros que não vos passa pela cabeça. Eu quando estou furibundo, em dez palavras digo dez asneiras. É isso mesmo, todas as palavras são asneiras, daquelas que são condenáveis pela moral e pela igreja dos bons costumes. As pessoas próximas, mas não as mais íntimas, não acreditam muito nisso, – ah, não o Fernando, não é capaz disso, ele é tão bom rapaz! Pois. Está bem abelha! Não me conhecem bem. As asneiras, nestas alturas, não tropeçam na língua e, “filha da puta, paneleiro, caralho, foda-se, puta que o pariu, cabrão da merda” saem fluidamente, diria que à velocidade da luz, entre outras irreproduzíveis. Pois, irreproduzível, claro, isto não é a casa da Mãe Joana e é para ser lido por muita gente, (muita gente, sou eu a brincar - que ninguém lê isto!) e o respeitinho é muito lindo!...
Agora que isto já entrou nos trilhos, não sei o que hei-de escrever. Que chatisse! Enquanto não vem nada, posso adiantar que está, como ontem, um dia excelente. O sol, impetuoso a entrar pelo pára-brisas, a aquecer o peito de aço, mas a obrigar-me a arreganhar a testa, ao centro, um gesto de contracção, entre as sobrancelhas e a semicerrar os olhos para me proteger. Os óculos de sol não resolvem, pois o reflexo nas ópticas não me deixam ver o que escrevo. Uma pala, um chapéu de pala, resolvia, mas não estou para isso, apesar de saber que tenho um aqui, algures no carro. A preguiça, uma vez mais a preguiça. É boa a preguiça e estar aqui a apreciar o mar a caminho da preia-mar, as ondas a galgar os penedos, sentir o cantar (piar, guinchar, assobiar, sei lá o quê) das gaivotas a planar, ou observá-las, paradas, distendidas a apanhar banhos de sol, em cima dos rochedos, alinhadas, e ao longe, o borbulhar das águas mais calmas, a dizer-me que anda por ali peixe, ou um grupo de pescadores, de meia tigela, mais longe ainda, a dar banho à minhoca que ali não se safam, diz-vos quem conhece estes pesqueiros, a não ser que a sorte os acompanhe e algum robalo dê à costa, quando muito, talvez um ou outro, pequeno bodião e que se dêem por satisfeitos.
Estou aqui com este palavreado choço e com tanto que fazer. A verdade é que na próxima segunda-feira, tenho uma reunião da Assembleia Municipal, já tenho conhecimento da ordem de trabalhos e preciso preparar a nossa intervenção. Não é bem preparar, é mais passar para o papel as nossas posições, que foram concertadas com grupo de apoio autárquico, nos cinco minutos que nos estão reservados para cada ponto.
As propostas da Câmara são mais impostos. É o receituário do costume. O presidente propõem o valor mais alto do intervalo previsto nas taxas e a malta aprova, pois então! Dizem-nos que as receitas estão a diminuir. Eu não concordo com este argumento. Só impostos, só taxas, sempre para os mesmos. E o resto? Não há onde cortar nas despesas? Não há obras desnecessárias em tempos de crise? Não há criatividade na gestão financeira, para não diminuir as receitas? Esta gente vai sempre pelo lado fácil. Não há dinheiro? Vamos aos bolsos dos contribuintes! Desculpem esta deriva. Ok! Está tudo bem, já. Que raiva…
Amanhã, também é dia. Chega. O dia está a fechar, já posso colocar os óculos de sol, mas não os vou colocar, não fazem falta. São dezassete horas e vinte minutos e vou para casa. Daqui a pouco estou no blogue a “visitar” as amigas e os amigos.
Agora que isto já entrou nos trilhos, não sei o que hei-de escrever. Que chatisse! Enquanto não vem nada, posso adiantar que está, como ontem, um dia excelente. O sol, impetuoso a entrar pelo pára-brisas, a aquecer o peito de aço, mas a obrigar-me a arreganhar a testa, ao centro, um gesto de contracção, entre as sobrancelhas e a semicerrar os olhos para me proteger. Os óculos de sol não resolvem, pois o reflexo nas ópticas não me deixam ver o que escrevo. Uma pala, um chapéu de pala, resolvia, mas não estou para isso, apesar de saber que tenho um aqui, algures no carro. A preguiça, uma vez mais a preguiça. É boa a preguiça e estar aqui a apreciar o mar a caminho da preia-mar, as ondas a galgar os penedos, sentir o cantar (piar, guinchar, assobiar, sei lá o quê) das gaivotas a planar, ou observá-las, paradas, distendidas a apanhar banhos de sol, em cima dos rochedos, alinhadas, e ao longe, o borbulhar das águas mais calmas, a dizer-me que anda por ali peixe, ou um grupo de pescadores, de meia tigela, mais longe ainda, a dar banho à minhoca que ali não se safam, diz-vos quem conhece estes pesqueiros, a não ser que a sorte os acompanhe e algum robalo dê à costa, quando muito, talvez um ou outro, pequeno bodião e que se dêem por satisfeitos.
Estou aqui com este palavreado choço e com tanto que fazer. A verdade é que na próxima segunda-feira, tenho uma reunião da Assembleia Municipal, já tenho conhecimento da ordem de trabalhos e preciso preparar a nossa intervenção. Não é bem preparar, é mais passar para o papel as nossas posições, que foram concertadas com grupo de apoio autárquico, nos cinco minutos que nos estão reservados para cada ponto.
As propostas da Câmara são mais impostos. É o receituário do costume. O presidente propõem o valor mais alto do intervalo previsto nas taxas e a malta aprova, pois então! Dizem-nos que as receitas estão a diminuir. Eu não concordo com este argumento. Só impostos, só taxas, sempre para os mesmos. E o resto? Não há onde cortar nas despesas? Não há obras desnecessárias em tempos de crise? Não há criatividade na gestão financeira, para não diminuir as receitas? Esta gente vai sempre pelo lado fácil. Não há dinheiro? Vamos aos bolsos dos contribuintes! Desculpem esta deriva. Ok! Está tudo bem, já. Que raiva…
Amanhã, também é dia. Chega. O dia está a fechar, já posso colocar os óculos de sol, mas não os vou colocar, não fazem falta. São dezassete horas e vinte minutos e vou para casa. Daqui a pouco estou no blogue a “visitar” as amigas e os amigos.
Continua…
4 comentários:
uma estreia, uma ante-estreia, um previlégio!
anda está quase... na ponta da língua!
;-))
Outro Blog?????????? Tenho que ir aí ao molho que tou a ver que isso dá hiperactividade! :-)
Um abraço!
Ahhh... uma casa nova!!!
Bom, lá terei que passar a visitar dois amigos na mesma rua... e com todo o gosto.
Um abraço.
ou o mesmo amigo em ruas diferentes? ;-)
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