segunda-feira, julho 31

Lista de devedores ao fisco publicadas na internet.

Apoiado!

Não tenho dúvidas de que este é um bom caminho. Quem deve tem de pagar. Basta de artíficios para atrasar os pagamentos. Com esta medida os habituais fugitivos ficam a saber com o que contam.

O "choradinho" de que a máquina fiscal não está devidamente afinada e que podem acontecer erros não pode ser motivo para a não publicação.

O que não é admissível é que os devedores não façam o pagamento das suas dívidas e procurem subterfúgios, para atrasar ou não pagar o que devem.

Se houverem erros na listagem, os lesados recorrem aos tribunais e devem exigir, grossas indemnizações por todos os prejuízos causados. Não tenho dúvidas que qualquer tribunal lhes dará razão nesses casos.

O que não pode acontecer é o Estado estar privado dos impostos devidos. Estamos a falar de contribuintes individuais, com dívidas, superiores a mais de 50 mil euros de IRS e de contribuintes colectivos com dívidas superiores a cem mil euros de IRC. Estamos a falar de dívidas no valor de 1700 milhões de euros, de cerca de 4000 contribuintes. Não é pouco.

Mas há ainda mais devedores e também há, com patamares mais baixos de dívidas. Venham essas listas também.

Estas medidas são positivas! Podem não ser perfeitas, mas são claramente dissuadoras da fuga ao fisco.

O Estado não é bom pagador, também, sabemos disso. Mas esse é um problema que os credores devem resolver, nas instâncias próprias ou do modo que achem mais adequado. Os contribuintes que pagam a tempo e horas e antecipadamente é que não podem ser vítimas de um tratamento diferenciado.

E já agora que se publique a lista dos devedores à Segurança Social.

Deputados pedem subsidiozinho

No ano de 2005, 16 deputados (do PS, PSD, CDS, PCP, Verdes) requereram o Subsídio Vitalício. Andam muito necessitados, coitadinhos. Está aqui a lista.

Depois destes virão outros, também pedir o mesmo subsidiozito, quando deixarem de ser deputados. Esta gente é especial, como sabem. São os nossos portugueses de primeira água. Os melhores de entre nós. São enormes os serviços prestados à pátria. Merecem, sem margem para dúvidas.

O bastar ter apenas 12 anos de serviço, para receber uma pensão para toda a vida, cujos valores variam, entre um mínimo de 1127 euros e um máximo de 2819 euros, vem apenas provar como são “especiais de corrida”.
Os outros, os trabalhadores de terceira categoria (não há mais baixo, pois não?) que aguentem.
Os 65 anos estão já aí ao virar da esquina. Depois é só esperar mais uns anitos, aí no banco do jardim e tudo acaba. Para todos. Não há que desesperar. Depois vem o reino do céu.

Os privilegiados dos trabalhadores, da função pública, esses como ganham muito, viram a sua reforma diminuída. Agora cabe agora a vez aos trabalhadores da Segurança Social. Está certo! Certíssimo. Não concordavam eles também que os outros eram uns privilegiados? Para sacana, sacana e meio. Os próximos reformados, segundo alguns cálculos, irão receber, ainda menos, cerca de 60 por cento do último vencimento.

Alguns com mais de quarenta anos de desconto, pouco mais recebem que um salário mínimo. Toda uma vida de trabalho e dificuldades e agora tomem lá uns euritos, para os medicamentos que com essa idade, já deveis estar a precisar. Não Vos chega? Antes na farmácia que a morte.

O Governo quis mostrar que é forte. E os trabalhadores tudo têm feito para mostrar que são fracos. Mas o Governo é esperto e conhece bem o nosso povo. Vai daí disse que o esforço era para ser partilhado por todos e também alterou alguns privilégios da classe política. Claro, tinham que fazer alguma coisa, a marosca estava a ser descoberta. Afinal essa gentinha tinha privilégios escandalosos. Reformas ao fim de seis ou doze anos, duplos vencimentos, triplos empregos, subsídios de integração, duplas e triplas reformas, subsídios vitalícios e sei lá mais o quê!... E o que vem atrás.

Mesmo assim, ao contrário do que aconteceu com os outros sectores, que de um dia para o outro, viram as suas reformas diminuídas, e outros direitos retirados, para alguns deles, foram mantidos os privilégios, se naquela ocasião tivesse, 12 anos de serviço.

Isto é para uns, no dia seguinte, levaram menos 10 por cento no mínimo. Outros ainda menos, com a alteração da fórmula de calculo. Não foram respeitados, períodos de transição. Foi logo no dia seguinte.
Para eles, os que tinham doze anos (porquê doze anos?) foi-lhes garantido o Subsidio (como gosto desta palavra) Vitalício. O tal período de transição que lhes garantiu direitos. Os que vierem a seguir esses é que já não entraram nessas contas. Os dinossauros ganharam em todo o país. Foi o prémio da dedicação.

O Governo “Socialista”, para uma medida, tomou dois pesos.

Tudo isto é muito triste. O que gostava mesmo, era de os ver a abdicar do subsidiozito. Ganhavam o meu respeito. Assim não. Também não esperava, outra coisa. e se for preciso, ainda estou disposto a fazer uma caridadezinha se o dinheiro não lhes chegar para governar a vida.

Como qualquer outro, esses senhores fazem descontos e no fim da vida activa, vão ter direito à sua reforma, não é assim? A que vão juntar mais uma e mais outra e alguns, ainda mais outra reforma, também é assim, não é? Só o nosso presidente já recebeu três.

Mas eles só descontaram uma vez por mês, para a reforma. Não descontaram duas ou três vezes.
Porquê, tantas reformas, então?

É assim o nosso Portugal... muito igual.


domingo, julho 30

O massacre em QANA

Vou no carro, ligo o rádio para ouvir o noticiário das 11horas da manhã. A notícia de abertura é o massacre que o exército de Israel provou no Líbano matando pelo menos 51 civis, entre eles 22 crianças.

O relato do repórter da rádio fez-me arrepios de frio apesar do intenso calor. Ele falava das mães que morreram procurando proteger suas crianças…


Depois de ontem um novo ataque israelita ter chegado às portas da Síria, depois de ter ferido mais soldados da ONU e de outros assassinatos de civis, fica cada vez mais claro que o fundamentalista e fanático governo israelita procura a guerra total. A barbárie completa do “lado israelita” visa atrair a barbárie e o fanatismo do outro lado. Guerra total, barbárie total é o objectivo total; é o objectivo de provocar o alastramento da guerra a outros países. É o objectivo de provocar e incendiar milhões de muçulmanos por esse mundo fora para que estes descarregam sua ira em novos atentados suicidas e terroristas. Como aquele velho que dizia que quando saisse do hospital se tornaria terrorista e se faria explodir em Israel.


Esta escalada de barbárie e de guerra está, no entanto, a ter duas consequências positivas: Ainda que timidamente a Europa, a ONU e alguns países importantes assumem a sua discórdia e exigem um cessar-fogo "mais imediato”. Por outro lado, a opinião pública mundial toma uma consciência mais próxima da verdade do conflito e resiste mais à gigantesca e global operação de manipulação mediática que está ao serviço do império e de um seu braço armado, Israel.


Victor Franco


Os subsídios e a corrupção

O governo do PS contratualizou com cinco vidreiras subsídios de 226 milhões de euros. A Santosa Barosa, Saint Gobain Glass, Crisal, Barbosa e Almeida, e Ricardo Gallo recebem grossas maquias para modernização e melhoramento da competitividade.


As estórias dos subsídios às vidreiras são cenas de uma história em permanente construção.


Conheci o caso da Jorgen Mortensen. Esta vidreira concorreu a subsídios do então Programa de Reestruturação da Cristalaria, apresentou duas candidaturas e recebeu mais de 400 mil contos comprometendo-se a recrutar 200 novos trabalhadores (tinha 120) e a comprar dois novos fornos.

Os fornos vieram mas, dizem – nunca terão chegado a funcionar.

Os 200 novos trabalhadores nunca entraram e passado pouco tempo a empresa meteu um processo de lay-off e depois procedeu a despedimentos.

Mais tarde acabou por fechar despedindo todos os trabalhadores. Alguns até tinham emprestado dinheiro à empresa, dinheiro que tinham recebido de indemnizações de anteriores despedimentos.


O Bloco – com fotocópias de documentos comprovativos - denunciou a situação. Levantou-se uma grande celeuma na Marinha Grande mas o caso, que se saiba, ficou esquecido.


Agora, a empresa Dâmaso enfrenta enormes dificuldades.

Boa produtividade, encomendas em carteira, sofre do mal de uma anterior administração acusada de corrupção que descapitalizou a empresa e praticou gestão danosa.


Os trabalhadores dizem que se compraram grandes carros, embora a alguns mal se tenha visto a cor.

Despesas sumptuárias e privilégios vários fizeram dos senhores administradores “gente muito importante”. Agora descobre-se que a administração recebeu dinheiro para uma ETAR que nunca chegou a nascer.


A actual administração da Dâmaso está a fazer um enorme esforço de recuperação da empresa e dos salários dos trabalhadores – justiça lhe seja feita. Mas o governo PS não se lembrou da Dâmaso – apesar de lá ter requerimentos do BE que o façam lembrar.


Posto isto só posso elogiar João Cravinho. Talvez também por tudo isto ele tenha estado sozinho na conferência de imprensa em que apresentou três projectos-lei contra a corrupção.


Há momentos em que as ausências dizem muito.


Victor Franco

sábado, julho 29

Arranja-me um emprego!

O partido dos meninos queques e das “tias e tios” de Portugal, o partido dos ricos, mais ricos, dos patrões mais estúpidos e sem escrúpulos, da direita mais reaccionária, parece atravessar grandes dificuldades financeiras.

Segundo as notícias os subsídios de férias ainda não foram pagos aos funcionários. Pelo menos a alguns... Aos mais recentes, parece que sim, que foram pagos e pelas queixas dos outros, parecem ganhar bem.

Enquanto isso, o Secretário-Geral, Martins Borges, tem um cartão de crédito suportado pelo partido, um carro novo da marca Volvo do partido e o partido paga-lhe por mês 5100 euros. Ah e no fim do mandato, o Volvo ainda novinho, passa a ser pertença do Sr. Secretário-Geral.

Estou a falar do CDS. Um partido pobrezinho de gente riquíssima. Apenas tem o azar de não ser poder. E o poder financeiro não faz apostas à toa.

Fica a fidalguia.

Fim aos bombardeamentos - Petição

Uma brutal e injustificada agressão bélica, por parte de Israel, está a matar centenas de pessoas, a deixar rios de sangue, pessoas incapacitadas, a destruir infra-estruturas importantes no país, a criar o pânico em famílias inteiras, a apagar um país.

Há mais de um mês na Faixa de Gaza (Palestina) e desde 12 de Julho no Líbano, o Estado terrorista de Israel, bombardeia e provoca verdadeiras tragédias que alimentam a guerra e o ódio no Médio Oriente.

A captura de três militares, para justificar este massacre é falso e completamente desproporcionado. É apenas um pretexto para destruir organizações políticas incómodas, ocupar essas regiões, assanhar a Síria e o Irão, alargando o conflito aos estados vizinhos, em conluio com os Estado Unidos e em convergência com as guerras em curso no Iraque e no Afeganistão.

É a paz mundial que está em causa e não só no Médio Oriente.

Sou contra todas as formas de terrorismo que matem pessoas inocentes. Não desculpo esses terrorismos. Mas o terrorismo de um Estado que ocupa um país, que invade outros e procura forçar a presença neo-colonial nas regiões limítrofes, a ferro e fogo, com actos bárbaros e desumanos, como Israel é inadmissível e deve merecer o repúdio de todo o mundo.

O comportamento da Europa é vergonhoso. O alinhamento e a subserviência aos ditames dos Estados Unidos são inqualificáveis. Não se ouve uma voz independente, uma voz contra estes miseráveis ataques. Apenas sussurros. Apenas declarações inofensivas. O concelho de segurança da ONU não consegue aprovar uma resolução condenatória, por veto dos Estados Unidos.

Uma vergonha! Cabe aos povos fazer sentir a sua voz.
Apoia a petição “ PELO TERMO DA VIOLÊNCIA E DO DESASTRE HUMANITÁRIO NO MÉDIO ORIENTE”.


sexta-feira, julho 28

Os novos tempos das reformas ... de alguns.

Aqui há uns anos os aposentados, esperavam o fim dos seus dias, nos bancos dos jardins, sós ou acompanhados por outros, na mesma situação, ou a passear os netos ou numa tasca qualquer a "afogar" as mágoas.

Como mudam os tempos!

Eu, hoje, aposentado, não tenho tempo sequer para me dedicar a um dos meus desportos favoritos a pesca do Robalo, na costa do mar. E em casa já se queixam da falta do meu peixe.
Tanta coisa para fazer e sem saber para onde me virar.

Também, ainda não tenho netos e só agora vou fazer 51 anos.

Podem chamar a isto qualidade de vida? Sim! Não?! Talvez...

(não fosse ter de pagar todos os meses até aos 75 anos (não chego lá) o empréstimo altíssimo ao banco da casa, e os governos não tivesse diminuído o valor das reformas e já agora os meus filhos estivesssem completamente arrumados)

Certo é que melhor que a vida de muitos e muitos outros.
Não está fácil a vida. Mas é fundamental que a vida não nos derrote.

Para eu estar reformado alguém tem de trabalhar, apesar de ter descontado os 36 anos da lei. Porque o sistema é intergeracional. Os actuais reformados, pagaram a reforma dos outros e agora espera-se que os trabalhadores do activo, paguem as reformas dos actuais reformados.

Já agora estou reformado cedo, porque a isso fui "obrigado". Não tinha outra saída. Ou era agora ou não sei quando seria. Não tinha outra possibilidade intermédia. Depois de ter descontado os 36 anos, e das alterações da lei de aposentações, nos "empurrar" para a aposentação aos 65 anos de idade.

Mas deixem-me dizer-lhes que os 55 anos, em minha opinião, eram a altura certa para a reforma. O problema da sustentabilidade da Segurança Social é outra história que para aqui não é chamada.


Pois canté!

"Hoje, no interior dos partidos do poder, a grande luta é ser um elemento, próximo dos homens que dominam o poder local", foi com estas palavras ou outras no mesmo sentido que Pacheco Pereira na quadratura do círculo, se referiu às relações que se estabelecem, cada vez mais no interior dos partidos do poder. Disse e eu concordo. Absolutamente!

Aliás já aqui o tinhamos referido. Nem é propriamente uma novidade. A novidade é ser dito por Pacheco Pereira, alguém que conhece bem os meandros do poder e dos jogos de influência e ter ainda acrescentado que esta disputa interna, passou a ser mais importante, do que a de um bom lugar nas listas para as eleições de deputados. Significativo.

Convém pois, ser amigo do Presidente, ou amigo dos amigos do Presidente.

É no poder local que se consegue mais facilmente um emprego, para o próprio, um familiar ou um amigo. Ou um lugar de direcção nas empresas municipais existentes ou a criar. É aí que se tem acesso às alterações previstas nos PDM's e se fazem grandes negócios de terrenos. É aí que se detém influência e poder que trazem dividendos.

É por isso é importante estar atentos às alterações à lei das finanças locais. Estar atentos às novas competências municipais. Estar atentos aos mecanismos de controle popular do poder local. Muito se decide e muitas relações perigosas se estabelecem, no âmbito do poder local.

Principalmente, agora que as Câmaras, vão ter nas mãos, o poder de baixar os impostos de IRS dos seus munícipes. As alterações às leis de finanças locais, não pode passar só por dar mais poder e mais responsabilidades ao poder local. Também é preciso reforçar os mecanismos de controle da gestão autárquica, avançar com uma gestão participada pelas populações e reforçar o poder das assembleias municipais. Senão corremos o risco de acontecerem (mais) casos de corrupção e compadrio.

quinta-feira, julho 27

Como é possível?

Em sessão pública da Câmara de Lisboa, o presidente e a sua corte de assessores não tem respostas para perguntas tão simples e absolutamente necessárias para o esclarecimento "se houve favorecimento de um promotor imobiliário na construção de um empreendimento na Avenida Infante Santo, como refere a Provedoria de Justiça."

Carmona e os seus assessores não sabem se a licença de construção do edifício da Infante Santo já foi emitida; se o edifício está em parte a ser construído em domínio público; nem sabe se a taxa indispensável à obtenção de licença foi paga.

"não é uma questão fácil de responder", afirmou o Vice-Presidente.
Mas como?

Então é possível avançar com a construção de um condomínio de luxo sem licença de construção? Ou existindo saber se está paga? Ou saber se a construção se alargou aos terrenos públicos? Onde estão os assessores, o pessoal admnistrativo, os técnicos da Câmara?

As acusações da Provedoria a Carmona e à Câmara de favorecimento do promotor imobiliário Victor Santos (o famoso "Bibi" do Benfica que se gabava públicamente de não pagar impostos) pode implicar a perda do mandato do Presidente Carmona Rodrigues.

A acusação principal é a de que Carmona ilibou o promotor imobiliário de pagar a taxa indispensável à obtenção de licença, a Taxa de Realização de Infra-estruturas Urbanísticas (TRIU) em troca da cedência de dois imóveis. Segundo a acusação, a TRIU estava calculada em 600 mil euros, mas as avaliações feitas aos prédios revelaram que estes valiam quase 900 mil euros.

Note-se que esta decisão de Carmona Rodrigues, revogou um despacho anterior da ex-vereadora das finanças e tomou esta decisão à revelia das suas competências institucionais.

Parece, segundo a acusação da Provedoria da Justiça, estarmos perante mais um caso, de cedência aos interesses dos homens da construção, em prejuízo do interesse público.

O Líbano e o império

“A ONU entrou 10 vezes em contacto com as tropas israelitas para que suspendessem os ataques contra o posto da Força Interina da ONU no Líbano (FINUL), situado na localidade de Al Khiyam (sul), antes do derradeiro ataque que causou a morte de quatro dos seus observadores, indica um relatório da ONU”, relata o “Diário Digital”.

“Duas ambulâncias foram atingidas por dois mísseis israelitas”, relata o “Pùblico”.

“A principal organização israelita de direitos humanos, B’tselem, acusou as forças israelitas de estarem a usar civis palestinianos como escudos humanos nas suas operações no Norte de Gaza”. Relata também o “Público”.

A selectividade do agressor israelita é tal que continua a acertar em cheio na população civil e a mortandade em massa está já garantida.

Mas, mais do que isso, Israel decidiu dar uma mensagem ao mundo: o bombardeamento da ONU significa que Israel não reconhece nenhuma autoridade mundial, nenhuma ordem mundial, a não a ser que Israel e os EUA impõem. Israel não respeita sequer os voluntários da Cruz Vermelha.

O império joga tudo por tudo na radicalização da guerra. O império quer uma guerra em larga escala. Começa a cercar a Síria e o Irão. Pretende colocar uma força de “interposição” para fazer o seu trabalho sujo, para envolver novos países na guerra, ao serviço do império, para poupar energias para atacar o Irão e a Síria.

A guerra em larga escala faz esquecer os astronómicos défices comerciais norte-americanos financiados pela gigantesca “máquina de fotocópias” do dólar do governo dos EUA. A guerra em larga escala ajudará a conquistar os territórios que ainda resistem à ocupação comercial das transnacionais e à rapina do petróleo.

A guerra em larga escala ajudará a subir o preço do dólar e a constância da sua procura, posto em causa por iranianos, venezuelanos, e antes pelos iraquianos, pela tentativa de transferência da moeda de comercialização do ouro negro do dólar para o euro.

O mundo pode estar a caminho de um brutal e gigantesco colapso, de uma gigantesca destruição de meios de produção, de uma guerra ou de uma crise colossal. Um colapso vindo de uma guerra generalizada no médio oriente ou um colapso vindo do próprio colapso do dólar.

Ao mesmo tempo, a guerra dá popularidade a todos os fundamentalismos. Esse é outro grande objectivo do império. Fazer os fundamentalismos derrotar a democracia, a pluralidade e os direitos humanos.

Victor Franco


quarta-feira, julho 26

Hora Absurda

Isto também é terrorismo!

O caderno de encargos

O Governo Português, com o apoio do PS/PSD/CDS, quer tropas portuguesas no Líbano.

Luís Amado e José Lello são dos mais entusiastas no envio de uma força militar da UE e no alinhamento com as posições estratégicas dos Estados Unidos.

Para José Lello o “cadernos de encargos” da ONU, já é grande. E os Estados Unidos/ NATO não podem. Já estão em muitas guerras.

A política da guerra e da paz, é discutida ao nível das contas de mercearia.

Só a ONU está em condições de fazer a intermediação do conflito.

Fazer cessar a guerra e os bombardeamentos e exigir a retirada das tropas Israelitas da faixa de Gaza e do Líbano, soltar os prisioneiros dos dois lados do conflito e intimar Israel a libertar os deputados e governantes Palestinianos é a medida necessária e urgente, de quem deseja a paz no médio oriente.

O Governo português e a União Europeia têm de se empenhar muito e bem para terminar com este barril de pólvora.

Israel, um estado que pratica o terrorismo, não se pode escudar em acções de grupos mais radicais e terroristas, para exterminar populações e ocupar um país soberano.


e o nosso olhar morrendo lado a lado

Se uma lágrima de Anisa
corresse as veias deste chão
agredido e cansado
talvez falássemos de um rio de sangue
pela voz de rosas inocentes
ou de um rio traído e apagado

talvez falássemos das feras
num ranger de dentes
e o nosso olhar morrendo lado a lado

Álvaro de Oliveira
Baladas de Orvalho

A ética de Manuel Alegre

Há pessoas que pelo seu discurso, pelo seu passado de resistente antifascista, pelo seu percurso mais recente, transportam grandes responsabilidades éticas e modelares.

Alegre em toda a vida foi um político. Também publicou alguns livros.

Como político, durante uns meses, foi nomeado, coordenador da RDP.

Por pouco tempo. Apenas uns meses.
Depois em 75 foi eleito deputado, até hoje.

Nunca mais trabalhou na rádio. Em mais de trinta anos, nunca mais lá pôs os pés.

Mas sem ninguém saber, manteve o vínculo à RDP e fazia os descontos.
Não trabalhava mas fazia os descontos...

Agora vai receber uma pensão vitalícia de 3 219,95 euros de reforma da rádio.

Alegre, não cometeu nenhuma ilegalidade técnica, digamos assim.
Mas como homem, mostrou ser uma pessoa sem carácter.

Alegre, nas últimas eleições valeu mais de um milhão de votos. Alegre nem o seu voto merecia.

Alegre, na sua biografia na AR escondeu este seu passado. Alegre o campeão da ética republicana, da defesa dos direitos cívicos, mostrou aquilo que para mim, já se tinha tornado uma evidência. Alegre é um homem sem princípios, um oportunista, um carreirista que estava espera do lugar ao sol.

Agora, como outros e porque ainda exerce actividade paga, como deputado, optou, por um terço da reforma e o vencimento de deputado. Daqui a uns anos, terá uma reforma milionária, com a subvenção vitalícia de deputado. Mais um a juntar a tantos outros.

Alegre diz que se não é avisado nem se lembrava. Alegre toma-nos por parvos. Como é possível? Então para que é que andava a fazer os descontos? Então porque manteve o vínculo?

Estes casos são escandalosos.

Mas só o são, porque nos últimos tempos o poder político e o poder económico não falam de outra coisa que não sejam os privilégios injustificados dos trabalhadores e por isso lhe têm retirado direitos.

Menos reforma, menos direitos sociais, mais tempo de trabalho, mais dificuldades.

O povo português que se cuide.


Comentários com moderação

Talvez não seja a melhor medida. Não sei por isso se será para continuar. Mas a Margarida está a passar das marcas. A propósito do meu último post, quis fazer piada num comentário, mas o caminho que escolhe é sempre o mesmo, e eu, habitualmente comedido, perdi a paciência para aturar as sua parvoíces e insultos.

Por isso e enquanto não decidir definitivamente o que irei fazer, vou activar a moderação dos comentários.


Isto é, a partir de agora os comentários não são publicados automáticamente, como até agora acontecia. Estarão sujeitos à minha aprovação. Não vou permitir comentários da Margarida, quando e se entender que não são apropriados ao tema ou são nitidamente provocatórios e malcriados.

Digamos que os posts dessa pessoa, estarão sujeitos a verificação prévia ou censura, se quiserem.

Quanto aos outros comentadores, lamento o incómodo, custa-me tomar esta decisão, não sei se é a melhor, nem sei se é para continuar, mas hoje perdi a paciência para ser insultado dentro de portas. Peço as minhas desculpas aos habituais visitantes e comentadores.

Prometo que os comentários serão colocados, no mâximo, no próprio dia, mas espero que demorem, muito menos tempo. Vai dar-me mais trabalho, mas não consigo encontrar outra saída.

Sei que este processo, irá prejudicar a dinámica do blogue mas paciência...

terça-feira, julho 25

Partido da Esquerda Portuguesa

Este post não é um texto elaborado. Muito pensado. Está a sair. São interrogações. Dúvidas. Inquietações. Decorre de polémicas que aqui e no Troll se têm travado, a propósito de alguns temas que foram trazidos à discussão.

Os protagonistas são, ou foram quase todos, simpatizantes ou militantes do PC ou do Bloco ou de sem partido de esquerda.

Podiam ter sido bons debates. Não o foram. Não têm sido. Descambaram.

Os sectarismos ainda estão latentes, meus amigos.

Os ódiozinhos de estimação estão aí bem presentes. Nuns mais, mas estão em todos.

Não vem mal ao mundo por isso.
Significa que ainda há muito caminho a percorrer.
Que velhos “traumas” ainda não estão ultrapassados.

E é por isso que me surgem estas interpelações:

Será que é possível à esquerda, às várias esquerdas, esquerdas-esquerdas, encontrarem plataformas mínimas de entendimentos, cada vez mais alargadas?

Serão possíveis, entendimentos que conduzam a um partido único, a um Partido da Esquerda Portuguesa, como é o meu desejo?

Que esquerda nova queremos, afinal?

Estamos dispostos a sacrificar os nossos “grupos”?

É possível construir um movimento ainda mais largo e mais aberto?

É possível chamar os renovadores comunistas, os independentes, os votantes de esquerda, doutros partidos a esta nova organização?

Em que domínios e quais os pontos comuns, susceptíveis de unir a esquerda, na prática e concertadamente?

Serão movimentos tipo "Movimento Intervenção Cívica”, Fórum Social, ATTAC, espaços privilegiados e adequados, de discussão, de procura dos caminhos, de reflexão sobre as escolhas fundamentais e prioritárias, da congregação dos esforços para dar forma a actuações mais eficazes?

Esta esquerda quer ser poder? Ou deve apenas preparar-se para ser unicamente oposição, resistir e denunciar?

O que será melhor para as esquerdas?
Fazerem os seus caminhos, separados, mas com entendimentos pontuais?
Ou encontrar formas de intervenção, de discussão e de organização concertadas?

A esquerda é muito plural.
A esquerda não está verdadeiramente definida.
O que é ser de esquerda, hoje?

Mas com seriedade, lealdade, bem intencionadas, as pessoas que desejam o progresso e a melhoria das condições sociais, são capazes se quiserem, de conversar, de criar agendas comuns, na base de acordos, de consensos e avançar para criar uma esquerda maior e melhor do que os somatórios destas esquerdas. Acredito nisso.

O melhor das esquerdas do PS, do PC, do Bloco, dos independentes sem partido.

Não foi, por acaso, a criação do Bloco de Esquerda, com divergências tão acentuadas entre eles, um bom exemplo de como é possível, levantar uma unidade orgânica e funcional? Não está agora, paulatinamente, o Bloco a consolidar-se ideologicamente?

Tenho pressa, amigas e amigos!

O povo pobre tem pressa.
O povo desempregado tem muita pressa.
Os que não têm casa e onde comer, ainda têm mais pressa.

O país precisa de mudar e muito. Precisa de outros rumos. Precisa de novas energias, novas competências, novas lideranças.

Não quero já amanhã o socialismo, depois da amanhã, o comunismo e já neste fim-de-semana o anarquismo.

Mas quero já hoje que nos deixemos de tretas, de discussões estéreis.

Vamos começar a construir o futuro. Força nas canetas!

Nós só queremos que sejam todos felizes! Alguém achará que é pedir muito?

Sou por um grande Partido da Esquerda Portuguesa.

É preciso começar a pensar nisso a sério.

Para esse objectivo contem comigo!


segunda-feira, julho 24

ser ista

Não sou "ista" de nada.

Não sou socialista, comunista, anarquista.

E, contudo aspiro a modelos de sociedade, socialista, comunista, anarquista.

Não sou marxista, bloquista, no entanto perfilho essas simpatias políticas

No dia a dia, na forma de estar, no contacto com as pessoas, não sou o que designo, ser um ista.

Ser ista de qualquer coisa, é ser um incontornável indefectível. Um fanático. Um imutável. Um inveterado. Não sou nada disso. Em nada, creio eu.

Quase todos nós somos pessoas de ideais e de causas.

O egoísmo exacerbado de alguns torna a sociedade injusta. E por isso a luta não pode deixar de acontecer. Nunca. Por isso, todos os dias, há umas lutas a fazer.

Mas encontrando parceiros, caminhantes dos mesmos ideais, juntando forças, unindo as pontas, deixando de lado, istas que nos dividam.

Eu acho que ser de esquerda, hoje, é isto.


Abertura

Por vezes tenho escrito comentários cáusticos ou vivamente discordantes de algumas posições políticas do PCP. Não me move qualquer atitude anti-PCP pois não confundo ou engano no adversário e menos ainda anti-comunista pois sou um cidadão de ideal comunista.

No PCP tenho muitos amigos, em particular no movimento sindical, e com esses muitos amigos a divergência mesmo a mais viva soube ser colocada com respeito.

Por isso não tenho qualquer dificuldade em vir dar nota de um site dirigido, se estiver errado corrijam-me, por três cidadãos referenciados com o PCP. Trata-se do www.resistir.info e de Miguel Urbano Rodrigues, Rui Namorado Rosa e Jorge Figueiredo.

Neste site, sendo maior ou menor o sinal da concordância com os conteúdos dos artigos é quase sempre maior o sinal da reflexão. Assim como os sinais de maior abertura e pluralidade.

Os trabalhos de análise sobre a crise do petróleo, da energia e da economia, merecem leitura. A análise às situações na América Latina também. É pois com agrado que leio, no resistir, artigos de pessoas como Michel Chossudovsky, Eugénio Rosa, Atilio Boron, Jorge Beinstein, Plínio de Arruda Sampaio, John Pilger, István Mészáros e tantos outros.

Também os últimos trabalhos merecem leitura e análise. Em particular os trabalhos sobre o Líbano, sobre os “Problemas da construção do socialismo”, por Alberto Anaya Gutiérrez… e sobre as “Condições das classes trabalhadoras na China”, por Robert Weil.

Victor Franco

domingo, julho 23

Por mim

Não gosto de leis.

Por mim dispensava os que fazem as leis e os governantes.

Por mim, não haveria regras.

Por mim, não havia os patrões, os chefes e os outros.

Por mim, não haveria ricos se houvessem pobres.

Por mim, não haveria carros de luxo, barcos de recreio, segundas casas, brinquedos caros, havendo desemprego, crianças a morreram à fome, pessoas a dormirem na rua.

Não haveria, fronteiras, raças, religiões, etnias. Não haveriam grupos, partidos, facções. Não havia indústria do armamento.

Não haveria estados. Não haveria fronteiras. Não haveria leis para proibir. Ou para permitir.

Por mim, haveria só bom senso. Por mim, haveria só pessoas de bem.

Por mim, haveria só um mundo. O mundo em que todos vivessem só para hoje.

Felizes!

Um mundo de iguais nas diferenças.

Desculpem, eu acordo já!


sábado, julho 22

encontros

num passo que passa
marco passo


passado o passo num passo
passa um passo
passado

retomo o passo num passo
num passo apressado



sexta-feira, julho 21

Frattini, o durão da imigração

Segundo a imprensa internacional "a Comissão Europeia divulgou planos para montar equipas de reacção rápida para policiar as fronteiras europeias, enquanto Espanha e Malta discutem quem deve lidar com a nova onda de imigrantes ilegais".

"As equipas poderiam ser convocadas por um país-membro da União Europeia, que precise de assistência temporária para identificação de pessoas, análise de risco, ajuda médica e intérpretes". Claro que a seguir serão recambiados para o seu país de origem!

O Comissário Frattini tem em vista "uma equipa permanente de 250 a 300 agentes especialmente treinados, que poderiam ser mobilizados de seus países de origem, dentro de um prazo de dez dias úteis a partir da solicitação de ajuda". Pois... permanentemente.

Diz Frattini: "Precisamos de uma luta mais eficiente contra a imigração ilegal, fundamental para a credibilidade e coerência das nossas leis de asilo e imigração"... "sendo duro na imigração ilegal, evitamos que imigrantes sejam explorados e removemos o factor-chave na origem deste problema".

Ora a actual e dramática situação, em que todos os meses os imigrantes chegam a morrer às centenas no Mediterrâneo, mostra precisamente que por muito dura que seja na actividade policial os imigrantes continuarão a procurar o "sonho europeu". Como eles dizem "não temos nada a perder"!

Uma política séria sobre imigração implica criar e ajudar o desenvolvimento nos países de origem da imigração, políticas de criação de emprego, de implantação de serviços públicos de saúde, de educação, de desenvolvimento agrícola...

Para isso era preciso perdoar a dívida externa, diminuir a rapina das matérias primas, favorecer a democracia e não o caciquismo armado lacaio de uma qualquer potência ou multinacional...

Isso, sim, dava vontade às pessoas de ficarem na sua própria terra. De outro modo a mortandade e o tráfico de seres humanos continuará. Eis o que o capitalismo tem para nos oferecer.

Victor Franco

T-shirt's foram banidas da Assembleia

Jardim conseguiu o que queria, no reino do quero, posso e mando que é a sua Madeira.

Esta é uma medida de retaliação contra os jornalistas que não abdicando de exercer o seu trabalho vestidos de forma informal, têm sido impedidos de exercer as sua funções e obrigados a abandonar a assembleia regional.

Jardim diz que esta é uma "atitude premeditada e corresponde a um posicionamento ideológico snobe e inculto, ou de desleixo cívico".

Nós somos um país de pelintras armados em pessoas importantes. Somos um país de engravatados. E da pose.

O casaco e gravata fazem parte da indumentária nacional. Não há patego, armado em importante que não use casaco e gravata. São vendedores, empregados bancários, de escritório ou de balcão. Podem ter uns sapatos rotos nas solas ou por engraxar, uma camisa desbotada, ou mal amanhada, uma gravata esquisita, ou uma barriga proeminente, não importa. O que importa é o casaco e a gravata.

Os mais importantes, os endinheirados, os doutores, os deputados ou ministros, esses são mais cuidadosos. Vão ao ginásio tratar do físico, vestem os fatos de estilistas, as gravatas mais caras, cuidam do aperto do laço e não se esquecem de apertar os primeiros botões do casaco, quando se expõem publicamente. Para a fotografia.

Uns fazem-no por obrigação "profissional". Outros por obrigação "institucional". Outros, parece, vão ter de fazer por determinação oficial, na república das bananas da madeira, do Sr. Jardim.

Espero que estas determinações não cheguem ao Continente. Seria um absurdo. Eu ando e visto-me como quero. E nos períodos mais quentes do verão, vou de t-shirt e sapatilhas para a Assembleia Municipal. Vou completamente à vontade, mas "composto", segundo os meus parámetros.

Será que usar o cabelo comprido, uma pequena barba ou um brinquinho, poderá ser considerado “uma atitude de desrespeito propositado”? Será que ir de sapatilhas, calças de ganga, t-shirt ou camisa de mangas curtas é uma provocação ou deve ser considerado, um acto de liberdade individual?

Não faço isto para chocar ou provocar, quem quer que seja. Faço-o porque gosto e faço-o com o cuidado e a compostura para não chocar ninguém. Se alguns se sentem "chocados" é um problema delas. Não o faço premeditadamente, mas também não me visto de modo diferente, só para agradar, a certas mentalidades emperdenidas. O que não podem, não devem é obrigar a um padrão de conduta único.

Estas são as pequenas réstias das nossas individualidades e apenas o bom senso deve imperar. Tudo contra regulamentações absurdas.

Pela parte que me toca, preferia abandonar todos os postos que ocupo, a obedecer a regras e modelos padronizados e que interfiram com as minhas liberdades.

Um país que se preocupa com estas merdisses é um país pequenino.


quinta-feira, julho 20

A Coreia, a China e a Festa do Avante

A festa do Avante, que conheço suficientemente bem, é uma iniciativa de valor cultural e social.

Ela também demonstra uma capacidade de trabalho militante que, embora já não seja o que era, é significativa e deve ser respeitada. Por aí a festa terá futuro.

Mas há futuro sem política?


Vem isto a propósito das delegações estrangeiras que participam no espaço internacional. Se estiverem presentes, será curioso podermos observar as delegações dos partidos “irmãos” da China e da Coreia do Norte. Um mês depois da China ter estado ao lado de Bush aprovando, em unanimidade, no Conselho de Segurança da ONU, uma resolução que proíbe Pyongyang de efectuar ensaios com mísseis balísticos.


Em reacção, o regime do ditador norte-coreano disse que essa resolução era “resultado da política hostil e agressiva dos EUA” face ao seu país. Mas se a resolução foi aprovada por unanimidade, significa que também a China tem uma política hostil para com a Coreia do Norte.


O PCP poderá ter uma oportunidade de mediar os partidos “irmãos”. O da ditadura que está ao lado de Bush e o da ditadura que está contra Bush!


Pois é, podemos ter muitos e dedicados marinheiros mas quando a política tem um “rombo no casco” o navio tem tendência a tombar!


Victor Franco

à esquerda

Sou um idealista e um utópico, reconheço, algo ingénuo, também. Muito crédulo nas pessoas. Confio em demasia. Os meus amigos sabem bem que é assim. Estou onde estou por acreditar. Não por desejos escondidos. Quando estou, estou no sítio “certo”, porque estou de boa-fé e as pessoas merecem a minha confiança.

Agora estou no Bloco de Esquerda. Sou membro da Assembleia Municipal. Não tenho outros cargos políticos. Não quis pertencer à coordenadora e ao secretariado. Pedi um tempo aos meus companheiros. Não quis assumir postos de direccção. As eleições acabaram por não se realizar ainda, por decisão dos companheiros. Em Setembro terei de tomar opções, pessoais e políticas. Poderá passar, por um envolvimento maior, na estrutura interna e um "apagamento" mais público. Ou, simplesmente, remeter-me à condição de simples aderente que vai colaborando, caso a caso.

Há muitos anos que venho defendendo uma “esquerda unida”. Uma esquerda, sem tabus, descomprometida, séria, organizada em plataformas de denominadores comuns. Se a direita é capaz, a esquerda tem de ser capaz, também.

Defendo essa esquerda à escala europeia. Não temos de estar de acordo em tudo ou até em parte substancial.
Apenas nos valores que são transversais a toda a esquerda. Esses têm de prevalecer. Uma esquerda social, humanista, solidária.

Uma esquerda exigente com os problemas do emprego, das desigualdades, das injustiças, da dignidade humana. Uma esquerda que recusa a guerra, a globalização neoliberal. Uma esquerda do mundo pobre.

Uma esquerda responsável, moderna, sem preconceitos.

Não recuso a globalização, as novas tecnologias, o avanço científico. Não me assusta.

Podemos ganhar em conhecimento, em qualidade de vida, em melhores condições para todos. Assim, saibamos travar os ímpetos de algum capitalismo selvagem. Dos senhores da guerra e das grandes potências.

Temos de confiar nas nossas capacidades. Num povo mais culto. Haverá sempre resistência a quaisquer tentativas de dominação, humilhação e esmagamento dos anseios de um povo que apenas quer ser feliz e ter as condições exigíveis para uma vida digna.

Estes meus sonhos sofrem muitos reveses. Quando leio ou ouço, alguns perfeitos disparates ou vejo certas práticas políticas. Que não se alteram. Que se mantêm fiéis a princípios sectários e dogmáticos que deveriam estar completamente arredados. Por este blogue nos últimos dias, cerca de uma centena de comentários, surgiram em réplica a dois artigos, um sobre o Aborto e a posição do PC e um outro sobre a reunião dos partidos que formam, ou estão presentes, como observadores, o Partido da Esquerda Europeia.

O primeiro era muito crítico para com o PC, por causa da guerra aberta com o Bloco sobre o seu posicionamento sobre o aborto. Achei que era falacioso e muito negativo e prejudicial à causa. É estar a inventar adversários. Foram muito más as posições públicas do PC e de alguns dos seus mais altos dirigentes.

Por aqui, alguns militantes, em particular, uma "denominada" Margarida, reage à bruta e com má criação, o que já é um costume, por todos os sítios onde tem passado e o seu partido é criticado, legitimamente, como são outros.

É nestas alturas que o meu idealismo tem um quebranto.

Tantos anos volvidos e os sectarismos perduram. Confesso que conheço bem as práticas do PC, em especial nos sindicatos. Como conheço as posições políticas. Sou um profundo discordante. Nas questões políticas, o PC parou no tempo. Hoje é um partido conservador e nacionalista.

Na maioria dos sindicatos, uniões sindicais, federações e confederações ou comissões, sindicais, de trabalhadores, por aí, as práticas de trabalho, a democracia sindical, os insultos, as calúnias, aos opositores, são uma constante e absolutamente não recomendáveis. Falta-lhes visão estratégica.

O PC tem um passado antifascista que honra todos os verdadeiros democratas. O PC não se cansa de repetir e a história, também não mente. Pelo PC passaram grandes figuras da resistência. Uns ainda lá estão, outros, muitos outros, saíram ou estão em processos de saída. Mas a luta de resistência ao fascismo não é património do PC (hoje nem sequer o seu secretário-geral é uma referência claro do antifascismo).

Muitos outros, resistentes antifascistas, saídos do PC, muito antes do 25 de Abril, também se organizaram em partidos e se opuseram ao fascismo. Outros fizeram-no fora dos partidos. Também foram presos e torturados.

A luta antifascista é património de um povo. Pela luta antifascista e pelas liberdades, foram torturados e morreu muita gente.

Alguém presumir-se como proprietário dessa luta ou erguer essa bandeira para atacar outros é injusto e não é verdadeiro. O património do PC e das suas lutas, para o bem e para o mal, é de todos os comunistas ou democratas que por lá passaram.

O PC, não é o meu partido, nunca o foi, mas podia ter sido, andei lá perto. Acabei por ir para a uma organização (M-L) de nome OCMLP que viria juntamente com outras organizações (M-L) a dar origem à UDP.

Estive lá ainda uns anos largos. Um dia, nos anos oitenta saí. Percebi que aquele caminho era estreito, muito fechado, com os mesmos defeitos, sectários e dogmáticos do PC. Perfilhando ideias e práticas parecidas.

Era um PC pequeno a disputar o terreno ao PC mãe, com as mesmas armas, o mesmo tipo de organização, com a mesma visão de Estado. Apenas mais pequeno e com uma linguagem mais radical. Deixou de ser o meu partido, um dia, depois de discussões impossíveis.

Abandonei-o depois numa conferência regional, em Viana, onde o então deputado, Acácio Barreiros, pretendia que eu retirasse uma moção, critica da actuação do partido.

Nunca deixei, contudo, de acompanhar o percurso e as discussões que se iam fazendo nessa área politica. A discussão interna na UDP, muitos anos depois, teve resultados, com a ascensão de Luís Fazenda a secretário-geral. Com Luís Fazenda, Pedro Soares e outros que desconheço a UDP, percebeu que a estratégia estava errada. Como errados eram certos conceitos de organização e da ideologia. Estes companheiros mudaram o rumo interno. Como outros que já tinham deixada a militância partidária. Como aconteceu com outras organizações políticas que viriam a formar o Bloco de Esquerda.

O Bloco foi e é ainda, o fenómeno político mais relevante dos últimos anos. Os partidos, assumidamente, puseram-se em causa. E encetaram um novo processo de reconstrução da esquerda. Sem dogmas, sem constrangimentos, sem complexos, sem preconceitos, aberto, em que tudo pudesse ser questionado e discutido. Sem uma ideologia definida. Apenas a vontade de construir uma plataformas das esquerdas. E repensar que esquerda se queria. É uma discussão ainda e sempre em aberto.

Com lealdade, sem estigmas do passado, discutir os caminhos que se colocavam a uma esquerda nova, para recuperar a esquerda social, a esquerda política, a confiança e a credibilidade dos cidadãos nos políticos e na política.

Foi isso que me trouxe ao Bloco. Com reservas iniciais, com dúvidas ainda agora, mas com a faculdade de discutir tudo e não estar agarrado a uma posição oficial.

O Bloco fez crescer a esquerda. O PC nestes oito, nove anos do Bloco, aguentou-se e nos últimos até recuperou algum eleitorado. A esquerda dos 8 por cento do PC passou a ter mais 6 por cento do Bloco. Os dez ou doze deputados do PC passaram a estar acompanhados de mais oito do Bloco.

O PC não perdeu. O Bloco ganhou. Os deputados que o Bloco recuperou foram os que o PC tinha vindo a perder desde as primeiras eleições. Não consigo perceber os medos do PC. Os ódios ao Bloco. O PC continua agarrado ao passado. Ao centralismo-democrático que tanto mal causou aos povos. Ao conservadorismo. A um nacionalismo bacoco. O PC deixou à muito de ser uma esperança de renovação. O PC mais do que um partido corre o risco de vir a ser um sindicato.

Espero que o Bloco continue por o caminho que encetou, sem se desviar um milimetro.
Não é fácil.

Gostava que o PC estivesse junto neste projecto, ambicioso, de construção de um Partido da Esquerda Europeia.

Gostava de ter um partido de Esquerda no poder, enfim.


terça-feira, julho 18

Dizer bem

Tenho acompanhado com algum interesse, a actividade da Autoridade da Concorrência, desde que um dia, sem aviso, decidiu fazer uma investigação à Portugal Telecom, sobre os planos de preços praticados aos clientes, nas chamadas telefónicas, na sequência de uma queixa de um concorrente, com a alegação de que a PT estaria a praticar preços “mais baixos” dos que os fixados. (pela Anacom, salvo erro)

Penso que não deu em nada essa queixa. Surpreendente seria se isso tivesse acontecido.

Contudo, fui surpreendido, várias vezes, quando exerci função comerciais na Portugal Telecom, com propostas a clientes da PT de qual era gestor responsável, com abordagens, de alguns desses operadores, em particular a Novis e a Oni, a oferecer preços abaixo do custo, fazendo “dumping”.

Lembro-me de uma conversa tripartida, ao telefone, entre o responsável técnico, o director-geral da PT, eu próprio com o Cliente a assistir na expectativa e de ter perdido um negócio, para uma ligação em rede de dados de alto débito, para um operador concorrente, por uma diferença, para um período de quatro anos, superior á do nosso concorrente, em dois ou três, milhares de contos, não me ocorre com precisão o valor.

Esse concorrente, alugou à PT os circuitos para esse ligação, a um preço, superior, ao oferecido ao cliente final o que significa que para a PT, do ponto de vista puramente económica, foi mais vantajoso, “vender” ao concorrente que ao cliente final. Claro que no negócio, outros factores se colocam para lá do lucro imediato. Fui um dos casos em que perdi um negócio mas sei que não perdi o Cliente.

Dou agora por ela que uma vez mais me desviei do tema. Tenho uma enorme dificuldade de me centrar num só assunto e de ser conciso. Mas, voltando ao que me trouxe. Sobre o trabalho da Autoridade da Concorrência.

Tenho achado que a Autoridade da Concorrência (AdC) tem feito um bom trabalho. Um trabalho sério. Um trabalho de denúncia, de recomendações, de aplicação de coimas, quando prevaricam.

Um trabalho que se vê nas notícias:

O último caso, agora conhecido é o do Cartel do Sal em que a AdC, condenou a Vatel, a Salexpor, Salmax e Vitasal, em cerca de 910 mil euros, mas também à pouco tempo a Ordem dos Médicos em 250 mil euros, a Nestlé em 1 milhão de euros, a Associação de Agentes de Navegação, em 195 mil euros. Recuando a 2005, a Ordem dos Médicos Dentistas em 160 mil euros ou ainda, como se lembrarão a que envolveu o as indústrias farmacêuticas, num Cartel de cinco farmacêuticas, a Abbott Laboratórios, a Bayer, a Jonhson & Jonhson, a Menarini Diagnósticos e a Roche, numa coima de 16 milhões de euros.

São conhecidos, também, os avisos, as investigações, as recomendações que têm feito a diversas empresas, para se colocarem em linha com as leis de concorrência, em defesa dos consumidores.

Não sei, sinceramente, se está a fazer um excelente trabalho. Não sei se podia fazer mais. Parece-me, contudo, uma entidade atenta e interessada em dar corpo à sua missão. Espero não estar enganado.

A equipa liderada, por Abel Mateus, parece-me estar a fazer um trabalho que merece relevo. Num tempo em que quase tudo está mal e as pessoas reclamam e quase sempre com razão, dizer bem de um serviço, talvez saiba bem, para não entrarmos em depressão.


segunda-feira, julho 17

Ora di djunta mon tchiga


Modelo do convite à apresentação do livro

Com fotos de Gualberto Boa-Morte, Carla Gandra e Carlos Subtil, capa e paginação de António Rodrigues, saiu mais um livro de José Luís Carvalhido da Ponte, editado pela Junta de Freguesia da Meadela - Viana do Castelo.

Ora di djunta mon tchiga

A venda deste livro reverterá, integralmente, para a construção de uma pequena maternidade em Cacheu, Guiné Bissau.

Mais que um apelo à compra de um livro, de um muito bom autor, já com algumas obras publicadas, o gesto tem o valor da solidariedade altruista.

Deixo-vos aqui um do lindo poema do livro:

Os sonhos de Djamila

Ai os indiscretos sonhos
de Djamila!
Como a magia a extravasa!
"Eu vou contigo!
Vou-Vou!"
Não podes, Djamila,
deixar tua terra,
esvaziar tua casa.
E a menina de ninguém
olhou-me, desfeliz,
e chorou
verdes lágrimas de dendém.
Chorou, é como quem diz.
Fui eu,
à noitinha,
quem escondeu,
por entre a subtileza dos répteis,
uma lágrima só minha,
vertida por todos os sonhos
impossíveis
de todas as djamilas.

in "ORA DI DJUNTA MON TCHIGA"
(é hora de darmos as mãos)

de José Luís Carvalhido da Ponte


Adelaide Graça

Terrorismo de Estado

Israel é um estado terrorista.
Mais terrorista dos que acusa de terroristas.

Israel responde com toda artilharia contra populações indefesas.

Cerca o Líbano e bombardeia, estradas, pontes, cidades, aldeias, o Aeroporto.

O pretexto desta ofensiva é o rapto de dois soldados Israelitas pelas tropas do Hezbollah.
É apenas um pretexto. Nada justifica uma reacção tão forte e terrorista.

O Líbano está a ferro e fogo porque Israel procura terroristas e aí vão mais umas bombas. Quem está por baixo? Não interessa.

Morrem civis, morrem crianças, as pessoas são desalojadas de suas casas, querem sair do país.

Israel leva tudo em frente. Entra pela Palestina. Bombardeia o Ministério da Economia Palestiniano. Ataca na Faixa de Gaza. Destroi, mata, incendeia.

Neste Sábado, 18 civis entre as quais nove crianças foram queimadas vivas com um bombardeamento, numa aldeia do Líbano.

Parece ser claro que Israel pretende fazer desaparecer do mapa o Líbano.
O cerco não é inocente.
Os ataques fazem-se junto às fronteiras. São cirúrgicos. Atingem pontes e bombas de gasolina.
A intenção parece ser mesmo acabar com o Líbano, destruir as suas infra-estruturas.
Os senhores da Guerra, os poderosos do Golfo, procuram um centro de férias.
Querem tomar o Líbano.

O Hezbollah responde com as armas que tem.
Com um míssil atinge uma fragata Israelita e quatro fuzileiros morrem.
Atinge, também a cidade israelita de Tiberíades, a 35 km da fronteira.

O número de mortes é levado. Mas a censura não permite saber o número de mortos.

O mundo está impávido e sereno.
A União Europeia diz que a reacção ao rapto de dois cidadãos israelitas, é “desproporcionada”, não diz que é terrorista e bárbara.
Zapatero vai um pouco mais longe e diz que “Uma coisa é a defesa, que é legítima, e outra é uma contra-ofensiva e um ataque em larga escala”.
O conselho de segurança da ONU recusa um pedido de cessar-fogo, pedido pelo Líbano.

A guerra e o terror são as únicas armas que Israel conhece.
Os EUA e o presidente Bush são os seus fortes aliados.

Os povos árabes sentem-se na pele e na alma, mais um afronta.

Aquela zona é um barril de polvora!
Um dia estoura mesmo e já é tarde.

Ninguém põe a mão nisto. Há um silêncio cúmplice que protege Israel.
Todas as atrocidades lhe são permitidas. Não desculpo o fundamentalismo árabe.
Não consigo compreender os homens-suícidas que em nome da ibertação do sua pátria, se fazem explodir, matando inocentes. Repito, matando inocentes.

Mas isso nada tem a ver com o terror de um estado que ocupa outro. Que invade outro. Que destroi outro. Que usa as forças pesadas para varrer tudo que lhes aparece na frente. E não é em reposta a retaliações. Não! É um plano estudado, premeditado, estratégico. Quando lhe são dados alguns pretextos, perdem o verniz. E a estratégia do terror avança. Contra tudo e todos.

Aos dirigentes do mundo, falta capacidade ou vontade, para pôr cobro ao conflito latente.

E nós cá vamos. Amanhã é outro dia.
Será que o Tristan vem para o Sporting? O Simão sempre sai do Benfica?
Será que a Margarida vai comentar este post?

Que dia é hoje?


Tinha de ser

Alterei a foto do Perfil. Tinha de ser. Os meus amigos diziam-me que a imagem anterior já não era a minha. Esta é a mais actualizada. O cabelo ainda não é bem aquele. Está maior um pouco... nos lados. Em cima já cresce mais devagar e está mais raro. Logo que tenha outra mais recente, vai para lá. Não quero enganar ninguém. Os anos passam. A principal culpada é a Célia que chegou a dizer mesmo que não me reconhecia. E agora?

sexta-feira, julho 14

Construir uma nova esquerda

Sou um ferveroso adepto da tentativa de construção de um Partido da Esquerda Europeia.

São cerca de 180 militantes de mais de 22 partidos da Europa que estão em Portugal a discutir o futuro da esquerda.

O presidente da Câmara dos Deputados Italiana, Fausto Bertinotti; a conselheira de Estado francesa Yves Salesse; o politólogo especialista em ONG e na organização mundial do comércio Raoul-Marc Jennar, são três das figuras presentes na 1.ª Universidade de Verão do Partido da Esquerda Europeia.

A sessão organizada em Portugal, pelo Bloco de Esquerda, encerra no domingo com a intervenção do presidente da Refundação Comunista Italiana (e do Partido da Esquerda Europeia, que neste momento congrega 26 partidos, sendo que nove deles, têm o estatuto de observadores), Fausto Bertinotti.

"Sob o lema "Esquerda Europeia: conteúdos e práticas de uma alternativa", nas conferências e mesas- -redondas irão falar, entre outros, Francisco Louçã e Miguel Portas, o presidente da maior associação europeia de defesa dos direitos do povo cigano, Masko Kunden, a representante da Autoridade Palestiniana junto do Parlamento Europeu, Adele Atieh, e a deputada do partido israelita Meretz, Daphna Sharfman."

Fico a torcer pelo sucesso desta iniciativa.


E por um grande Partido da Esquerda Europeia, moderno, exigente e plural.
Não é tarefa fácil, mas um grande partido à escala europeia, teria a vantagem de unir esforços, encontrar convergências, promover iniciativas globais, em defesa dos grandes valores culturais e sociais da esquerda.

A esquerda a sério não pode ser só oposição. Estar só na resistência.


Tem de ser mais ambiciosa, querer ir mais longe, querer assumir o poder. À globalização capitalista, deveremos opôr uma globalização social e humanista.

O caminho está aberto!